Situação epidemiológica da tuberculose bovina no Distrito Federal
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3561Palavras-chave:
Tuberculose bovina, Prevalência, Distrito Federal, Brasil.Resumo
Considerando a implantação do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) no ano de 2001 e a necessidade de se conhecer a situação epidemiológica local da tuberculose animal para uma posterior avaliação da eficácia das medidas estabelecidas, este trabalho teve como objetivo estimar a prevalência e identificar os fatores de risco para a tuberculose bovina no Distrito Federal, assim como, fornecer subsídios para a gestão estratégica do PNCETB. A colheita de dados foi realizada no período de fevereiro a dezembro de 2003. O DF foi considerado como uma única região epidemiológica devido ao número pequeno de propriedades existentes e pela ausência de diferenças importantes entre as regiões pecuárias que justificassem a estratificação regional da amostra. Foram amostradas aleatoriamente 278 propriedades do banco cadastral local de rebanhos bovinos com atividade reprodutiva, nas quais foram testadas 2019 fêmeas adultas. Somente um animal amostrado foi positivo ao Teste Cervical Comparativo, resultando numa prevalência de animais de 0,05% [IC 95%: 0,0-0,4%]. A prevalência de focos de tuberculose bovina no DF foi estimada em 0,36% [IC95%: 0,0-2,0%]. A análise de fatores de risco foi inviabilizada pelos resultados obtidos, já que o número de casos não permitiu fazer esse tipo de análise. A bovinocultura do DF é predominantemente de leite, no entanto é caracterizada pela presença de pequenos rebanhos não tecnificados, com baixa produtividade. Esta tipologia produtiva, comum na região, não deve favorecer a introdução e persistência da infecção por Mycobacterium bovis, com valores elevados de prevalência. As autoridades sanitárias do DF executam ações de vigilância para tuberculose bovina e mantêm exigência de testes para trânsito de bovinos para reprodução e com destino a aglomerações de animais, especialmente leilões, o que, certamente, contribui para que a prevalência da enfermidade seja baixa. Assim, é possível afirmar que o DF tem condições privilegiadas para implementar com sucesso o PNCEBT, devendo focar em ações de vigilância baseada em risco.Downloads
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