Atualização da situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado do Espírito Santo, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3437Palavras-chave:
Bovino, Brucelose, Prevalência, Fatores de risco, Espírito Santo, Brasil.Resumo
Para estimar a prevalência e os fatores de risco da brucelose bovina no Estado do Espírito Santo (Brasil), foi realizado um estudo transversal entre janeiro de 2012 e maio de 2014. Esse estudo foi realizado 11 anos após a implementação de um programa de imunização em novilhas utilizando uma vacina derivada da estirpe S19 de Brucella abortus. O estado foi dividido em duas regiões. Trezentas propriedades com atividade reprodutiva foram aleatoriamente selecionadas em cada região e incluídas como unidades primárias de amostragem. Um número fixo de fêmeas adultas foi aleatoriamente selecionado em cada propriedade. Os animais foram testados para anticorpos contra Brucella spp. Um questionário epidemiológico foi aplicado em cada propriedade selecionada, para avaliar os fatores associados com o risco de infecção. A prevalência aparente de propriedades infectadas foi de 9,3% (intervalo de confiança 95%, IC 95% = 7,1–11,8%), variando de 8,7% (IC 95% = 5,7–12,6%) na região 2 a 9,7% (IC 95% = 6,8–13,4%) na região 1. Não foi encontrada diferença estatística na prevalência entre as regiões estudadas. A prevalência de propriedades positivas para Brucella spp. foi similar à prevalência observada 11 anos atrás, comparando tanto as regiões quanto o estado. A prevalência aparente de animais positivos encontrada foi de 3,8% (IC 95% = 0,9–10,1%), variando de 1,5% (IC 95% = 0,8–2,4%) na região 1 a 7,9% (IC 95% = 1,9–20,3%) na região 2, sem diferença significativa entre as regiões. Não foi houve mudança no número de animais positivos para Brucella spp depois de 11 anos de implementação do programa de imunização. Os fatores de risco associados com a brucelose foram (i) mais de 10 fêmeas adultas no rebanho e (ii) compartilhamento de equipamento, material ou pessoal. O Estado do Espírito Santo deve buscar atingir uma cobertura vacinal de pelo menos 80% das novilhas, de maneira sistemática, além de implementar um programa de saúde animal eficiente, educando os fazendeiros a testar animais para brucelose antes de sua introdução em seus rebanhos e a evitar o compartilhamento de equipamento, pessoal e material com propriedades de condição sanitária incerta.Downloads
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