Atualização da situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado do Espírito Santo, Brasil

Autores

  • Eleine Kuroki Anzai Universidade de São Paulo
  • Daniele da Costa Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo
  • Alba Luisa Pereira Ribeiro Said Superintendência Federal de Agricultura do Espírito Santo
  • José Henrique Hildebrand Grisi-Filho Universidade de São Paulo
  • Marcos Amaku Universidade de São Paulo
  • Ricardo Augusto Dias Universidade de São Paulo
  • Fernando Ferreira Universidade de São Paulo
  • Jason Onell Ardila Galvis Universidade de São Paulo
  • Vitor Salvador Picão Gonçalves Universidade de Brasília
  • Marcos Bryan Heinemann Universidade de São Paulo
  • Evelise Oliveira Telles Universidade de São Paulo
  • José Soares Ferreira Neto Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3437

Palavras-chave:

Bovino, Brucelose, Prevalência, Fatores de risco, Espírito Santo, Brasil.

Resumo

Para estimar a prevalência e os fatores de risco da brucelose bovina no Estado do Espírito Santo (Brasil), foi realizado um estudo transversal entre janeiro de 2012 e maio de 2014. Esse estudo foi realizado 11 anos após a implementação de um programa de imunização em novilhas utilizando uma vacina derivada da estirpe S19 de Brucella abortus. O estado foi dividido em duas regiões. Trezentas propriedades com atividade reprodutiva foram aleatoriamente selecionadas em cada região e incluídas como unidades primárias de amostragem. Um número fixo de fêmeas adultas foi aleatoriamente selecionado em cada propriedade. Os animais foram testados para anticorpos contra Brucella spp. Um questionário epidemiológico foi aplicado em cada propriedade selecionada, para avaliar os fatores associados com o risco de infecção. A prevalência aparente de propriedades infectadas foi de 9,3% (intervalo de confiança 95%, IC 95% = 7,1–11,8%), variando de 8,7% (IC 95% = 5,7–12,6%) na região 2 a 9,7% (IC 95% = 6,8–13,4%) na região 1. Não foi encontrada diferença estatística na prevalência entre as regiões estudadas. A prevalência de propriedades positivas para Brucella spp. foi similar à prevalência observada 11 anos atrás, comparando tanto as regiões quanto o estado. A prevalência aparente de animais positivos encontrada foi de 3,8% (IC 95% = 0,9–10,1%), variando de 1,5% (IC 95% = 0,8–2,4%) na região 1 a 7,9% (IC 95% = 1,9–20,3%) na região 2, sem diferença significativa entre as regiões. Não foi houve mudança no número de animais positivos para Brucella spp depois de 11 anos de implementação do programa de imunização. Os fatores de risco associados com a brucelose foram (i) mais de 10 fêmeas adultas no rebanho e (ii) compartilhamento de equipamento, material ou pessoal. O Estado do Espírito Santo deve buscar atingir uma cobertura vacinal de pelo menos 80% das novilhas, de maneira sistemática, além de implementar um programa de saúde animal eficiente, educando os fazendeiros a testar animais para brucelose antes de sua introdução em seus rebanhos e a evitar o compartilhamento de equipamento, pessoal e material com propriedades de condição sanitária incerta.

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Biografia do Autor

Eleine Kuroki Anzai, Universidade de São Paulo

Discente do Programa de Pós-Graduação. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Daniele da Costa, Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo

Médica Veterinária, Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo, IDAF, Vitória, ES, Brasil.

Alba Luisa Pereira Ribeiro Said, Superintendência Federal de Agricultura do Espírito Santo

Fiscal da Superintendência Federal de Agricultura do Espírito Santo, SFA-ES, Vitória, ES, Brasil.

José Henrique Hildebrand Grisi-Filho, Universidade de São Paulo

Prof., Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Marcos Amaku, Universidade de São Paulo

Prof., Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Ricardo Augusto Dias, Universidade de São Paulo

Prof., Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Fernando Ferreira, Universidade de São Paulo

Prof., Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Jason Onell Ardila Galvis, Universidade de São Paulo

Discente do Programa de Pós-Graduação. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Vitor Salvador Picão Gonçalves, Universidade de Brasília

Prof., Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, UNB, Brasília, DF, Brasil.

Marcos Bryan Heinemann, Universidade de São Paulo

Prof., Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Evelise Oliveira Telles, Universidade de São Paulo

Prof., Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, São Paulo, SP, Brasil.

José Soares Ferreira Neto, Universidade de São Paulo

Prof., Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2016-11-09

Como Citar

Anzai, E. K., Costa, D. da, Said, A. L. P. R., Grisi-Filho, J. H. H., Amaku, M., Dias, R. A., … Ferreira Neto, J. S. (2016). Atualização da situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado do Espírito Santo, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 37(5Supl2), 3437–3448. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3437

Edição

Seção

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