Feijão guandu (Cajanus cajan (L.) Millsp.) na restauração de florestas tropicais
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2007v28n1p19Palavras-chave:
Sistemas agroflorestais, Áreas degradadas, Essências nativas.Resumo
O objetivo deste trabalho é avaliar formas alternativas de restauração de áreas degradadas, utilizando sistemas agroflorestais com uma espécie leguminosa incorporada ao sistema. A hipótese é que o feijão guandu (Cajanus cajan (L.) Millsp.) possa auxiliar o processo de restauração, diminuindo a mortalidade e aumentando a altura e área basal das árvores. O feijão guandu foi plantado na linha de plantio florestal, entre as espécies florestais nativas da região, que foram plantadas em espaçamento 2 X 4m. Foram avaliados quatro tratamentos: plantio florestal sem feijão guandu (testemunha); uma planta de feijão guandu consorciado entre duas plantas de espécies florestais; duas plantas de feijão guandu consorciado entre duas plantas de espécies florestais; e corte raso aos seis meses após o plantio do feijão guandu consorciado com as espécies florestais. Em cada tratamento, foram sorteados 100 indivíduos sendo 50 pioneiras e 50 não pioneiras, nos quais foram medidos mortalidade, altura e diâmetro de colo das plantas. O plantio de guandu reduziu a mortalidade de pioneiras, aumentou a área basal e a altura de todas espécies. Apesar da mortalidade não ter sido afetada pela densidade de guandu, a densidade de uma planta de guandu se associou a maiores área basal e altura média de árvores. A redução da mortalidade de árvores não pioneiras na ausência de guandu foi interpretada como uma resposta de pioneiras antrópicas à maior radiação solar. Este resultado aponta para comportamento diferente entre árvores nas férteis clareiras (nas quais a classificação em estágios sucessionais foi baseada) e em áreas degradadas. Os efeitos positivos do guandu recomendam seu uso para a redução de custos da restauração ecológica.
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