Fração de encurtamento longitudinal e movimento anular mitralem cães

Autores

  • Marlos Gonçalves Sousa Universidade Federal do Paraná
  • Fabio Nelson Gava Universidade Estadual Paulista
  • Jorge Cardoso da Silva Filho Universidade Estadual Paulista
  • Sheila Nogueira Saraiva da Silva Universidade Estadual Paulista
  • Rafael Rodrigues Camacho Universidade Estadual Paulista
  • Roberta Carareto Universidade Federal do Paraná
  • Marcela Wolf Universidade Federal do Paraná
  • Aparecido Antonio Camacho Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5p3115

Palavras-chave:

Função sistólica, Ventrículo esquerdo, Ecocardiograma, Contratilidade longitudinal, Endocardiose.

Resumo

A dinâmica ventricular sistólica envolve a contração de fibras miocárdicas transversais e longitudinais e, infelizmente, os parâmetros ecocardiográficos de função sistólica utilizados rotineiramente estão focados apenas na atividade das fibras transversais. Embora a deformação e a taxa de deformação miocárdicas venham sendo utilizadas para avaliar a contração cardíaca nos planos radial, circunferencial e longitudinal, tal análise requer equipamentos avançados que nem sempre estão disponíveis na Medicina Veterinária. Por outro lado, alguns parâmetros não usuais podem ser quantificados valendo-se de metodologia convencional, permitindo avaliar especificamente a função contrátil longitudinal do ventrículo esquerdo. Neste estudo, a atividade contrátil longitudinal foi avaliada por meio da fração de encurtamento longitudinal e do movimento anular mitral, os quais foram comparados com diversas variáveis ecocardiográficas convencionais em 14 Beagles, sendo sete deles portadores de doença valvar mitral assintomática. A fração de encurtamento longitudinal apresentou correlação positiva com o movimento anular mitral e com o diâmetro do ventrículo esquerdo em diástole. Também houve correlação significativa entre o movimento anular mitral e o diâmetro ventricular esquerdo em diástole, o que pode sugerir sua dependência da pré-carga. Embora não tenham sido observadas diferenças no movimento anular mitral e na fração de encurtamento longitudinal entre cães saudáveis e valvulopatas, há que se enfatizar que os animais com doença mitral apresentavam apenas mínimo remodelamento cardíaco, sem quaisquer indícios de comprometimento da função sistólica. Destarte, dada a possibilidade de mensurar ambos os parâmetros em qualquer equipamento de ecocardiografia, sua incorporação ao exame ecocardiográfico de rotina provavelmente agregaria informações sobre a atividade das fibras miocárdicas longitudinais, cuja deterioração funcional supostamente ocorre de modo precoce comparativamente às fibras transversais.

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Biografia do Autor

Marlos Gonçalves Sousa, Universidade Federal do Paraná

Prof., Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

Fabio Nelson Gava, Universidade Estadual Paulista

Pesquisador, Universidade Estadual Paulista, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil.

Jorge Cardoso da Silva Filho, Universidade Estadual Paulista

Discente de Doutorado, Universidade Estadual Paulista, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil.

Sheila Nogueira Saraiva da Silva, Universidade Estadual Paulista

Discente de Doutorado, Universidade Estadual Paulista, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil.

Rafael Rodrigues Camacho, Universidade Estadual Paulista

Discente de Doutorado, Universidade Estadual Paulista, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil.

Roberta Carareto, Universidade Federal do Paraná

Profa, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

Marcela Wolf, Universidade Federal do Paraná

Discente de Mestrado, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

Aparecido Antonio Camacho, Universidade Estadual Paulista

Prof., Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil.

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Publicado

2016-10-26

Como Citar

Sousa, M. G., Gava, F. N., Silva Filho, J. C. da, Silva, S. N. S. da, Camacho, R. R., Carareto, R., … Camacho, A. A. (2016). Fração de encurtamento longitudinal e movimento anular mitralem cães. Semina: Ciências Agrárias, 37(5), 3115–3124. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5p3115

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