Avaliação biomecânica de duas técnicas extracapsulares para reconstrução do ligamento cruzado cranial em cadáveres de cães
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n3p1327Palavras-chave:
Biomecânica, Cães, Joelho, Ligamento cruzado cranial, Sutura fabelo-tibial.Resumo
A ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr) é uma das principais afecções ortopédicas em cães e resulta na instabilidade do joelho, dor, desenvolvimento de osteoartrose, podendo também causar lesão de menisco. Com o intuito de restabelecer a estabilidade da articulação, muitas técnicas são utilizadas, dentre elas, as extracapsulares. O objetivo do presente trabalho foi realizar a avaliação biomecânica de duas dessas técnicas em 20 joelhos de cadáveres de cães utilizando-se fio de náilon leader line. Nestas peças foram avaliados a rigidez articular e o deslocamento tanto cranial quanto caudal da tíbia em quatro situações distintas: joelho íntegro; joelho com RLCCr e sutura fabelo-tibial lateral (SFTL); joelho com RLCCr e sutura fabelo-tibial lateral e medial (SFTLM); e por fim, o joelho com RLCCr sem as técnicas de estabilização. Houve diferença no deslocamento cranial entre todas as situações, sendo em ordem crescente, o joelho integro, com SFTLM, com SFTL e por fim, o joelho com RLCCr não estabilizado. Na comparação da presença de movimento de gaveta caudal a técnica de SFTLM apresentou menor deslocamento que a técnica de SFTL. Com relação à rigidez tanto cranial quanto caudal, as duas técnicas não apresentaram diferença. As duas técnicas testadas diminuem a instabilidade do joelho, sendo a SFTLM mais efetiva, e nenhuma delas restaurou a rigidez articular de um joelho íntegro. As implicações clínicas dos resultados apresentados ainda precisam ser determinadas, mas um estudo clínico com avaliação cinética da locomoção pode esclarecer se as diferenças biomecânicas encontradas entre estas duas técnicas são relevantes para a função locomotora dos cães.Downloads
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