Avaliação da temperatura retal em vacas leiteiras no pós-parto

Autores

  • Marion Burkhardt de Koivisto Universidade Estadual Paulista
  • Katia Denise Bresciani Universidade Estadual Paulista
  • César Esper Universidade Estadual Paulista
  • Thais Mioto Martinelli Universidade Estadual Paulista
  • Leslie Cristina Scarpelli de Pesquisas em Sanidade Animal
  • Silvia Helena Venturolli Perri Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2001v22n1p99

Palavras-chave:

Pós-parto, Vacas leiteiras, Temperatura retal.

Resumo

O trabalho teve como objetivo correlacionar dados da parturição com o acompanhamento diário da temperatura retal no pós-parto imediato em fêmeas bovinas. Foram selecionadas aleatoriamente 180 vacas leiteiras provenientes de sete propriedades, em Araçatuba (SP) e região, sendo monitoradas durante o puerpério precoce, no período de setembro de 1999 a julho de 2000. Do primeiro ao décimo dia pós-parto a temperatura retal (TR) de todos os animais foi aferida no intervalo das 05:00 às 08:00 horas da manhã, utilizando-se termômetro eletrônico (M525 - GLA Agricultural Electronics, San Luis Obispo, CA 93401-7500). Foi considerada acima da normalidade TR superior a 39,5°C, sendo colhidas informações sobre eventuais distocias, partos gemelares, retenção de membranas fetais, alteração do estado geral, ingestão de alimentos, produção de leite e descarga vaginal. Houve associação significativa entre descarga vaginal purulenta ou sanguinolenta e estado febril, sendo que dos 180 animais observados, 26 (14,4%) apresentaram corrimento vaginal patológico, destes dez (38,5%) tiveram febre, enquanto que os bovinos sem presença de secreção alterada tiveram elevação na temperatura corpórea em 17,5% dos casos. Também ocorreu associação significativa entre parto distócico e placenta retida, 37 vacas (20,6%) mostraram parturição difícil e, destas, oito (21,6%) retiveram as membranas fetais, enquanto as fêmeas que pariram normalmente tiveram 4,2% (seis animais) de retenção de secundinas. Constatou-se que vacas apenas com retenção placentária não apresentaram sinais clínicos, exceto presença de uma transitória redução no apetite e da produção láctea. Este monitoramento diário, através da aferição da temperatura retal, consiste em importante instrumento adicional, podendo indicar precocemente alterações reprodutivas, como possíveis infecções uterinas, maximizando a produção leiteira e a performance reprodutiva futura.

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Biografia do Autor

Marion Burkhardt de Koivisto, Universidade Estadual Paulista

Departamento de Clínica, Cirurgia e Reprodução Animal /FOA/ UNESP, Araçatuba, S.P.

Katia Denise Bresciani, Universidade Estadual Paulista

Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal /FOA/ UNESP, Araçatuba, S.P.

 

César Esper, Universidade Estadual Paulista

 

Departamento de Reprodução Animal e Medicina Preventiva/FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal.

 

Thais Mioto Martinelli, Universidade Estadual Paulista

Graduanda do Curso de Medicina Veterinária/FOA/ UNESP, Araçatuba, S.P.

Leslie Cristina Scarpelli, de Pesquisas em Sanidade Animal

CPPAR–Centro de Pesquisas em Sanidade Animal, FCAVJ/UNESP, Campus de Jaboticabal

Silvia Helena Venturolli Perri, Universidade Estadual Paulista

Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal /FOA/ UNESP, Araçatuba, S.P.

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Publicado

2001-08-18

Como Citar

Koivisto, M. B. de, Bresciani, K. D., Esper, C., Martinelli, T. M., Scarpelli, L. C., & Perri, S. H. V. (2001). Avaliação da temperatura retal em vacas leiteiras no pós-parto. Semina: Ciências Agrárias, 22(1), 99–103. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2001v22n1p99

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