Medidas ecocardiográficas de cavalos de tração da região metropolitana de Curitiba-PR
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n2p827Palavras-chave:
Cardiologia eqüina, Ecocardiografia, Carroceiro, Tração animal.Resumo
Para manter o desempenho dos cavalos durante o exercício físico o coração se adapta às variações das atividades metabólicas, o que resulta em adaptações do músculo cardíaco. Desta maneira, o uso da ecocardiografia permite avaliar possíveis adaptações cardíacas e falhas no bombeamento sanguíneo. Pouco se sabe sobre alterações ecocardiográficas em cavalos de tração de materiais recicláveis, que puxam carroças, cujas condições gerais de saúde e manejo quase sempre são inadequadas para o tipo de exercício físico ao qual são submetidos. Objetivou-se estabelecer valores ecocardiográficos para cavalos de carroceiros. Dezenove cavalos sem raça definida foram submetidos ao exame ecocardiográfico, e valores da distância do ponto E (maior abertura da valva mitral) ao septo interventricular; diâmetro da cavidade do ventrículo esquerdo; espessura do septo interventricular e espessura da parede livre do ventrículo esquerdo durante a sístole e diástole; fração de encurtamento e ejeção foram obtidos pelo modo-M. No modo bidimensional foram avaliados o diâmetro da valva aórtica e átrio esquerdo, além de sua relação. Foram avaliadas as velocidades do fluxo de sangue na artéria pulmonar e aorta e valva mitral por meio do Doppler pulsado e/ou contínuo, além de detectar possíveis refluxos por meio do Doppler colorido. Neste estudo ficam estabelecidos os valores médios dos parâmetros ecocardiográficos para os 19 cavalos estudados que fazem trabalho de tração puxando carroças. Não houve valores significativos que constatem remodelamento cardíaco inadequado, disfunção ventricular esquerda com consequente perda de desempenho no exercício ou doenças que prejudiquem o rendimento do animal no trabalho.
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