Administração epidural de ropivacaína isolada ou associada à xilazina em bovinos

Autores

  • Aury Nunes de Moraes Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Doughlas Regalin Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Mauro Augusto dos Santos Médico Veterinária Autônomo
  • Bruna Ditzel da Costa Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Fabíola Niederauer Flores Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Nilson Oleskovicz Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n4Suplp2481

Palavras-chave:

Epidural, Ruminantes, Anestésicos locais, a-2 agonistas, Anestesia local.

Resumo

Protocolos epidurais são comumente utilizados em bovinos, possibilitando inclusive a realização de procedimentos cirúrgicos com o animal em posição quadrupedal, no entanto, problemas como paresia e decúbito, além do tempo de bloqueio/recuperação são fatores importantes na escolha do protocolo. O objetivo deste estudo foi avaliar dois protocolos de anestesia epidural em bovinos, quanto ao tempo, qualidade de bloqueio e efeitos clínicos. Foram utilizadas 14 vacas mestiças, com peso médio de 350±170 kg, as quais foram alocadas em dois grupos: ropivacaína (GR, n=7) onde os animais receberam a administração epidural de ropivacaína (0,1 mg.kg-1) e ropivacaína/xilazina (GRX, n=7) que receberam ropivacaína e xilazina (0,075 e 0,05 mg.kg-1, respectivamente) pela mesma via. Avaliou-se: freqüência cardíaca (FC), frequência respiratória (f), pressão arterial média (PAM), movimentos ruminais (MR), temperatura retal (TR), tempo de duração do bloqueio anestésico (TB), qualidade do bloqueio (QB) através da resposta a estímulos nociceptivos pelo clampeamento perineal, grau de paresia (GP) e hemogasometria arterial. Os animais foram avaliados por até 420 minutos após a administração. A FC, f, PAM, pH, PaCO2, Na+, Ca++, HCO3 - e Excesso de Base (EB) não diferiram entre grupos. Foi observada uma leve diminuição nos movimentos ruminais e aumento da PaO2 e TR no GRX comparado ao GR. A duração do bloqueio sensitivo foi de 6 e 7 horas para o GR e GRX, respectivamente. A QB foi considerada boa/excelente frente à estimulação nociceptiva em 66% e 71% dos animais do GR em M360 e do GRX em M420. Os animais do GRX apresentaram sinais de paresia moderada a grave de M15 até M240. Conclui-se que a ropivacaína associada à xilazina pela via epidural apresenta bloqueio sensitivo mais prolongado do que a ropivacaína isolada, no entanto a associação com a xilazina promove bloqueio motor, com sinais de paresia, devendo ser utilizada com cautela em bovinos.

 

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Biografia do Autor

Aury Nunes de Moraes, Universidade do Estado de Santa Catarina

Prof. Dr. do Deptº de Medicina Veterinária, Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC, Lages, SC.

Doughlas Regalin, Universidade do Estado de Santa Catarina

Discente de Pós-graduação do Programa de Pós Graduação em Ciência Animal, UDESC, Lages, SC.

Mauro Augusto dos Santos, Médico Veterinária Autônomo

Médico Veterinário Autônomo, Joaçaba, SC.

Bruna Ditzel da Costa, Universidade do Estado de Santa Catarina

Discente de Pós-graduação do Programa de Pós Graduação em Ciência Animal, UDESC, Lages, SC.

Fabíola Niederauer Flores, Universidade do Estado de Santa Catarina

Profª Drª do Deptº de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Roraima, UFRR, Boa Vista, RR.

Nilson Oleskovicz, Universidade do Estado de Santa Catarina

Departamento de Medicina Veterinária, Anestesiologia Veterinária.

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Publicado

2014-09-04

Como Citar

Moraes, A. N. de, Regalin, D., Santos, M. A. dos, Costa, B. D. da, Flores, F. N., & Oleskovicz, N. (2014). Administração epidural de ropivacaína isolada ou associada à xilazina em bovinos. Semina: Ciências Agrárias, 35(4Supl), 2481–2490. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n4Suplp2481

Edição

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