Tumor maligno da bainha de nervo periférico envolvendo raízes nervosas do terceiro segmento medular lombar em um cão
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2012v33n6p2397Palavras-chave:
TMBNP, Raiz nervosa espinhal, Cão.Resumo
Tumores malignos da bainha de nervo periférico (TMBNP) em raízes nervosas espinhais são incomuns em cães. Relata-se o caso de um cão, sem raça definida, nove anos de idade, não castrado, com histórico de incoordenação em membros pélvicos e retenção urinária há aproximadamente uma semana. Ao exame clínico constatou-se déficit proprioceptivo e hiperreflexia patelar bilaterais. Durante a celiotomia exploratória constatou-se uma massa intensamente vascularizada e aderida aos segmentos vertebrais lombares. Estabeleceu-se plano terapêutico e o animal foi tratado com fluidoterapia, anti-inflamatório e analgésico. No entanto, diante do agravamento dos sinais clínicos, o proprietário optou pela realização da eutanásia do animal. Ao exame necroscópico observou-se massa em cavidade abdominal, aderida ao corpo dos segmentos vertebrais L3 e L4, porém sem invasão do canal medular. Ao exame microscópico da massa observou-se proliferação de células ovaladas a alongadas, com citoplasma eosinofílico pálido e pouco delimitado. Havia moderada anisocariose e elevado índice mitótico. A matriz extracelular estava disposta em feixes entrelaçados e com arranjo espiralado, entremeado por delicado a moderado estroma. O exame imuno-histoquímico evidenciou marcação positiva para os anticorpos anti-GFAP, anti-S100 e anti-vimentina, e marcação negativa para anti-fator VII, anti-?-actina de músculo liso e anticitoqueratina. Diante dos achados histopatológicos e imuno-histoquímicos concluiu-se o diagnóstico como tumor maligno de bainha de nervo periférico.
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