Design Gráfico e Fonoaudiologia: uma proposta de articulação interuniversitária e transdisciplinar voltada para ações de design gráfico inclusivo

Autores

  • Cassia Leticia Carrara Domiciano Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP https://orcid.org/0000-0001-6497-2210
  • Fernanda Henriques Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-2207.2015v6n2p09

Palavras-chave:

Design gráfico Inclusivo, Ergonomia Cognitiva, Distúrbios da comunicação e aprendizagem, Dislexia

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar a parceria interuniversitária e transdisciplinar realizada entre o Design Gráfico e a Fonoaudiologia para a produção de metodologias inovadoras de pesquisa e de projeto no desenvolvimento de materiais gráficos inclusivos, que levem em consideração os distúrbios da comunicação. É notória a crescente discussão sobre a função do design como facilitador das informações e sua importância junto ao desenvolvimento de projetos que sejam acessíveis a um público cada vez maior e mais diversificado. Nesse sentido, o Grupo de Pesquisa “Design Gráfico Inclusivo: Visão, Audição e Linguagem” vem realizando um amplo diálogo sobre inclusão entre as Ciências da Saúde, especificamente a Fonoaudiologia, e as áreas correlatas ao Design Gráfico, como o Design Informacional, o Design Instrucional e a Ergonomia Cognitiva, e seus possíveis aportes nos distúrbios na área da linguagem, como a baixa capacidade visual, auditiva e a dislexia. Os ambientes de pesquisa polarizam-se entre a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de São Paulo (USP), onde centros, laboratórios e grupos de pesquisa se articulam em torno de propostas comuns. Além da fundamentação teórica, estão sendo desenvolvidos um conjunto de ações específicas, entre elas a investigação em torno das tipografias adequadas à leitura de disléxicos, desenvolvimento de material instrucional impresso para deficientes auditivos e material instrucional digital para profissionais que atuam na intervenção de distúrbios da comunicação. Tais ações envolvem diferentes modalidades de investigação – iniciação científica, mestrado, doutorado e docência – e também o desenvolvimento efetivo de produtos de design gráfico voltados à inclusão.


Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cassia Leticia Carrara Domiciano, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP

Professora Doutora da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista - Unesp, campus de Bauru.

Fernanda Henriques, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP

Professora Doutora da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista - Unesp, campus de Bauru.

Referências

ASADA, K. Chromatic Vision Simulator. 2012. Disponível em: http://asada.tukusi.ne.jp/webCVS/.. Acesso em: 12 jan. de 2014

BASTOS, Bárbara G. FERRARI, Deborah V. Internet e educação ao paciente. Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia, v. 15, n. 4, p. 515-522, 2011.

BONSIEPE, Gui. Design: do material ao digital. Florianópolis: FIESC/IEL, 1997.

CIASCA, S. M. Distúrbios e dificuldades de aprendizagem: questão de nomenclatura. In: CIASCA, S. M. Distúrbios de aprendizagem: proposta de avaliação interdisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2003.

CRISTOFOLINI, C.; MAGNI, C. Audição: relatos e experiências de professores do ensino fundamental. Revista Fonoaudiologia Brasil, Brasília, v. 2, p. 31-38, 2002.

DOMICIANO, C.L.C. et al. Ensaios em Design: arte, ciência e tecnologia. Bauru: Editora Canal 6, 2010.

DSM-IV-TRTM – “Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais”. Tradução Cláudia Dornelles. 4.ed. Porto Alegre: Artmed,2002.

FILATRO, A. “Design Instrucional na Prática”. São Paulo: Pearson, 2008

FILATRO, A.“Design Instrucional Contextualizado”. São Paulo: Editora Senac, 2004

FREISCHMIDT, C.C.; KAY, M. R. Q. A voz do dono e o dono da voz? Considerações sobre a saúde vocal do professor”. Revista Cadernos, v. 11, n. 3, p. 91-6, 2005.

GRUSZYNSKY, A. C. Design Gráfico: do invisível ao ilegível. Rio de Janeiro: Editora 2AB, 2000

GUIMARÃES, L. A Cor como Informação. 2.ed. São Paulo: Annablume, 2000.160p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/suppme/default_educacao.shtm. Acesso em: 10 de maio de 2014.

IÓRIO, C. “Avaliação dos encaminhamentos realizados por professores do ciclo básico para o serviço de Fonoaudiologia da Unidade Básica de Saúde de Vila Palmeiras – SP”. 1999. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo,1999.

JAINTA, S.; KAPOULA, Z. Dyslexic Children Are Confronted with Unstable Binocular Fixation while Reading. PLoS ONE, v. 6, n. 4: e18694. 2011. doi:10.1371/journal.pone.0018694

KOWLER, E. Eye movements: the past 25 years. Vision Research, v. 51, p. 1457-1483, 2011.

LACATOS, E.; MARCONI, M. Metodologia Científica. São Paulo: Ed. Atlas, 2009

LAND, M. F.; LEE, D. N. Where we look when we steer. Nature, v. 369, p. 742-744, 1994

LAND, M. F.; MCLEOD, P. From eye movements to action: How batsmen hit the ball. Nature Neuroscience, v. 3, n. 12, p. 1340-1345.

LI, X. JING, J.; YANG, D.; WANG, H.; WANG, Q.; SONG, S.; FAN, F. Eye-movement study during visual search in Chinese children with developmental dyslexia. Chinese Medical Journal, v. 22, n. 126, p. 4306- 11,2013.

MACHADO, A. M. A. “Introdução Ao Conceito De Design Inclusivo. Aplicações Práticas em Desenho Urbano e Equipamentos Sociais/Saúde”. Lisboa: Serviço De Segurança Social Do Governo Português, 2006

MOUSINHO, R. A. Conhecendo a dislexia. Revista Sinpro, Rio de Janeiro, p. 26-33, 2003. (Ed. Especial.)

PRETTO, N. L. Formação de professores exige rede. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 20, Aug. 2002 . Available from . access on 16 Oct. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S1413- 24782002000200010

QUINTÃO, F.S.; TRISKA, R. Design de informação: origens, definições e fundamentos. Revista Infodesign, São Paulo, v. 11, n.1, 2014

RODRIGUES, S. T. O movimento dos olhos e a relação percepção-ação. In L. A. TEIXEIRA. Avanços em Comportamento Motor. Rio Claro, SP: Movimento, 2001. p.122-146.

Schneps, M.H. Thomson, J.M. Sonnert, G. Pomplun, M. “E-Readers Are More Effective than Paper for Some with Dyslexia”. PLoS One, v. 8, n. 9, p. e 75634, 2013b.

SIMÃO, A.; HESKETH, C.G. Didática e Design Instrucional. Curitiba: IESDE, 2009

SPINILLO, C. G.; DA MAIA, A. F. D. V. M. O papel do design em projetos para daltônicos. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DESIGN, ENGENHARIA E GESTÃO PARA A INOVAÇÃO, 2., 2012, Florianópolis, SC. Anais... Florianópolis: [s.n], 2012

STENFELD, E.; MAISEL, J. “Universal Design: Creating Inclusive Environments”. New Jersey, USA: John Wiley & Sons, 2012.

TIRESIAS. Disponível em: http://www.tiresias.org/announcement.htm. Acesso em: 12 de fev. 2015

TORREZZAN, C.; Behar, P. A. “Parâmetros para a construção de materiais educacionais digitais do ponto de vista do design pedagógico”. In BEAHR, P.A.(org.) . Modelos Pedagógicos em Educação à Distância. Porto Alegre: Artmed, 2009

TULESKI, S. C.; EIDT, N. M. Repensando os distúrbios de aprendizagem a partir da psicologia histórico-cultural. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, n. 3, p. 531-540, set./dez. 2007.

ZORZI, J. L. Fonoaudiologia e Educação: Encontros, desencontros e a busca de uma atuação conjunta. In. ZORZI, J. L. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita. Porto Alegre: Artmed, 2003. cap. 9, p. 157-170.

Downloads

Publicado

2015-07-22

Como Citar

Domiciano, C. L. C., & Henriques, F. (2015). Design Gráfico e Fonoaudiologia: uma proposta de articulação interuniversitária e transdisciplinar voltada para ações de design gráfico inclusivo. Projetica, 6(2), 09–25. https://doi.org/10.5433/2236-2207.2015v6n2p09

Edição

Seção

Edição Especial | IDEMI 2015

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.