A sustentabilidade social das práticas comerciais-laborais da indústria tecnológica dos videogames a partir do direito brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2178-8189.2021v25n3p176

Palavras-chave:

Microtransações, Crunchtime, Sustentabilidade Social

Resumo

O presente artigo tratou de abordar a sustentabilidade social de práticas comerciais-laborais envolvidas na produção e distribuição de jogos eletrônicos e seus possíveis problemas de ordem jurídica. Adota-se como problema: existem possíveis problemas jurídicos decorrentes do crunchtime, das microtransações e práticas correlatas nos jogos de videogame? E quais são suas consequências? O objetivo da pesquisa foi apurar os problemas jurídicos gerados por práticas comuns da indústria de videogames, e se desdobrou em três itens, tratando de contextualizar, averiguar e problematizar as práticas. Como metodologia optou-se pelo método dedutivo, e técnica de pesquisa da documentação indireta, com ênfase bibliográfica, e como resultado apurou-se que existem problemas de ordem consumerista, ao mesmo tempo que se reforça esse problema a partir das práticas trabalhistas da indústria de jogos eletrônicos.

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Biografia do Autor

Felipe da Veiga Dias, Faculdade Meridional - IMED

Doutor em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul Professor da Faculdade Meridional.

Luis Paulo Bressan Pasinato, Faculdade Meridional - IMED

Mestrando em Direito pela Faculdade Meridional

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Publicado

2021-11-30

Como Citar

Dias, F. da V., & Pasinato, L. P. B. (2021). A sustentabilidade social das práticas comerciais-laborais da indústria tecnológica dos videogames a partir do direito brasileiro. Scientia Iuris, 25(3), 176–191. https://doi.org/10.5433/2178-8189.2021v25n3p176

Edição

Seção

Artigos