Clubes de leitura: entre sociabilidade e crítica literária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1981-8920.2018v23n3p673

Palavras-chave:

Clube de leitura, Sociabilidade literária, Mediação da leitura

Resumo

Introdução: O Brasil tem ganhado diversos clubes de leitura nos últimos anos, exigindo uma maior atenção da academia para entender esse fenômeno já popularizado na América do Norte e Europa. Objetivo: Pretende-se discutir as principais críticas aos clubes de leitura em relação ao perfil dos seus frequentadores, à seleção de livros, aos tipos de leitura, aos modos de interação (presencial ou virtual) e ao papel do mediador. Metodologia: Por meio de uma revisão de literatura, comparam-se os argumentos prós e contrários aos clubes de leitura, especialmente em relação ao modelo dominante nos Estados Unidos e Europa. Resultados: Apresentam-se os diferentes tipos de clubes existentes (para adultos, escolar, televisivo, virtual, etc.) e apontam-se as suas principais características. Conclusões: Um clube torna-se mais eficaz e atraente quando consegue conciliar o prazer com o estudo literário. Para tanto, defende-se a presença de um mediador e algum tipo de roteiro para discussão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Willian Eduardo Righini de Souza, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP

Doutor em Ciência da Informação pela Universidade de São Paulo - USP.

Referências

ALBENGA, V. “Devenir soi-même” para la lecture collective: une approche antiindividualiste. Culture & Musées, v. 17, n. 1, p. 85-106, 2011a. Disponível em: http://www.persee.fr/doc/pumus_1766-2923_2011_num_17_1_1598. Acesso em: 23 mar. 2017.

ALBENGA, V. Stabiliser ou subvertir le genre? Les effets perfomatifs de la lecture. Sociologie de l’Art – OPuS, n. 17, p. 31-43, 2011b. Disponível em: https://www.cairn.info/revue-sociologie-de-l-art-2011-2-page-31.htm. Acesso em: 18 mar. 2017.

ALBENGA, V.; BACHMANN, L. Appropriations des idées féministes et transformation de soi par la lecture. Politex: revue des sciences sociales du politique, v. 28, n. 109, p. 69-89, 2015. Disponível em: https://www.unige.ch/etudes-genre/files/3314/4161/0697/Politix_Albenga_Bachmann_Lecture.pdf. Acesso em: 04 abr. 2017.

BARSTOW, J. M. Reading in groups: women’s clubs and college literature classes. Publishing Research Quartely, v. 18, n. 4, p. 3-17, 2013. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s12109-003-0010-x. Acesso em: 12 mar. 2017.

BURGOS, M.; EVANS, C.; BUCH, E. Sociabilités du livre et communautés des lecteurs: trois études sur la sociabilité du livre. Paris: Éditions de la Bibliothèque, 1996. Disponível em: http://books.openedition.org/bibpompidou/1802?lang=fr. Acesso em: 22 maio 2017.

BRASIL. Ministério da Cultura. Retratos do Brasil aponta aumento de leitores no país. 2016. Disponível em: http://prolivro.org.br. Acesso em: 22 maio de 2017.

CHARTIER, R. Textos, impressos, lecturas. Revista de história, São Paulo, n. 132, p. 83-94, jun. 1995. Disponível em: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S0034-83091995000100008&script=sci_arttext#backa. Acesso em: 12 fev. 2017.

COMPANHIA DAS LETRAS. Clubes de leitura: apresentação. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. Disponível em: http://www.companhiadasletras.com.br/clubes/. Acesso em: 10 mar. 2017.

COSSON, R. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo: Contexto, 2014.

HARTLEY, J. The Reading groups book. 2. ed. New York: Oxford University Press, 2002.

LEVERATTO, Jean-Marc; LEONTSINI, M. Internet et la sociabilité littéraire. Paris: Éditions de la Bibliothèque, 2008. Disponível em: http://books.openedition.org/bibpompidou/197. Acesso em: 22 maio 2017.

LONG, E. Book clubs: women and the uses of reading in everyday life. Chicago: The University of Chicago Press, 2003.

MARIA, L. de. O clube do livro: ser leitor, que diferença faz? 2. ed. São Paulo: Global, 2016.

MICHAUD, S. Conception d’um modèle de club de lecture d’été en bibliothèque publique, avec orientation littéraire, pour les enfants de 9 à 12 ans. 2003. 158 f. Mémoire (Mestrado em Estudos Literários) – Université du Quebec, Trois-Rivières, 2003.

MINZESHEIMER, B. How the 'Oprah Effect' changed publishing. USA Today, v. 22, 2011. Disponível em: http://usatoday30.usatoday.com/life/books/news/2011-05-22-Oprah-WinfreyBook-Club_n.htm. Acesso em: 10 mar. 2017.

PAIVA, T. Ler mais mulheres. Carta Capital, São Paulo, 20 mar. 2017. Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/ler-maismulheres/. Acesso em: 06 abr. 2017.

PRUITT, J. Gay men’s book clubs versus Wisconsin’s public libraries: political perceptions in the absence of dialogue. The Library Quartely, v. 80, n. 2, p. 121-141, abr. 2010. Disponível em: http://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.1086/651004. Acesso em: 22 mar. 2017.

RADWAY, J. A. Reading the romance: women, patriarchy, and popular culture. London; New York: Verso, 1987.

REZENDE, D. Clube literário Leia Mulheres está em 26 cidades. A Tarde, Salvador, 07 maio 2016. Disponível em: http://atarde.uol.com.br/cultura/literatura/noticias/1768493-clube-literario-leiamulheres-esta-em-26-cidades. Acesso em: 10 mar. 2017.

SEDO, D. R. Predictions of life after Oprah: a glimpse at the power of book club readers. Publishing Research Quartely, v. 18, n. 3, p. 11-22, 2002. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs12109-002-0009-8?LI=true. Acesso em: 15 mar. 2017.

Downloads

Publicado

2018-12-27

Como Citar

Souza, W. E. R. de. (2018). Clubes de leitura: entre sociabilidade e crítica literária. Informação & Informação, 23(3), 673–695. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2018v23n3p673

Edição

Seção

Artigos