Ciência aberta: dimensões para um novo fazer científico
DOI:
https://doi.org/10.5433/1981-8920.2016v21n2p5Palavras-chave:
Ciência Aberta, e-Science, Políticas de Informação, Colaboração, Dimensões.Resumo
Introdução: As práticas da e-Science e uso e reuso dos dados científicos se constituem um novo fazer científico que conduz à reflexão sobre novos arcabouços normativos, legais, institucionais e tecnológicos voltados para uma ciência aberta.Objetivo: Esse estudo apresenta como questão de pesquisa: quais dimensões dão sustentabilidade à formulação de uma política orientada à ciência aberta e suas práticas no contexto brasileiro? O objetivo deste estudo é discutir as dimensões que apoiam transversalmente a formulação de uma política direcionada à ciência aberta e suas práticas científicas.
Metodologia: Teoricamente, o estudo está orientado pelo quarto paradigma científico baseado na e-Science. A metodologia está apoiada no estudo de Bufrem (2013) que propõe um modelo alternativo e multidimensional para análise e discussão de pesquisas científicas. Tecnicamente, empregaram-se os métodos de pesquisa bibliográfica e levantamento documental acerca do modelo científico Data Lifecycle, legislações e acordos internacionais. Para fins desse estudo, propõem-se cinco dimensões, a saber: epistemológica, política, ético-legal-cultural, morfológica e tecnológica.
Resultados: As dimensões substanciam uma política de informação ou a elaboração de diretrizes mínimas para agenda da ciência aberta no Brasil.
Conclusões: As dimensões afastaram o olhar reducionista sobre dados de pesquisa e conduziram o estudo para a visão multidimensional e multirrelacional da ciência aberta.
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