Os nativos digitais e as bibliotecas universitárias: um paralelo entre o novo perfil do usuário e os produtos e serviços informacionais
DOI:
https://doi.org/10.5433/1981-8920.2016v21n3p149Palavras-chave:
Nativos Digitais, Serviços e Produtos de Informação, Bibliotecas Universitárias.Resumo
Introdução: a proposta desse artigo é analisar de que forma os nativos digitais podem influenciar os serviços informacionais no âmbito das Bibliotecas Universitárias (BUs).Objetivos: os objetivos foram caracterizar os nativos digitais; verificar o formato atual das bibliotecas universitárias no que tange a infraestrutura, ao serviço e ao pessoal; analisar de que forma as características dos nativos digitais podem influenciar os futuros serviços das bibliotecas.
Metodologia: pesquisa bibliográfica.
Resultados: os atuais usuários das BUs, são categorizados no contexto dos nativos digitais devido à maioria ter nascido a partir de 1978 e, portanto, grande parte dessa população estar na idade de frequentar o ambiente acadêmico. Essa fatia de usuários caracteriza-se por ter um perfil contemporâneo, por se comunicar basicamente de forma virtual, busca informação de forma online e em formato digital, mas, ao mesmo tempo, procura ambientes alternativos e colaborativos para realizar suas atividades acadêmicas em espaços físicos. Esses usuários preferem se reunir em horários alternativos e ambicionam serviços que atendam suas necessidades não só informacionais, mas também de lazer.
Conclusões: percebe-se que as BUs estão mais à frente no que tange à realização não só das necessidades informacionais dos usuários nativos digitais, mas também de realizarem os seus desejos referentes ao consumo da informação. Muitas das bibliotecas já oferecem espaços colaborativos de estudo, para além dos individuais, estabelecem parcerias verticais com empresas de TI e centros culturais, de modo a atenderem as atuais necessidades da geração digital.
Downloads
Referências
BEN-DAVID, K. Digital natives, better learners? Students’ beliefs about how the Internet influenced their ability to learn. Computers in Human Behavior, [s. l.], v. 26, p. 1384-1391, 2010. Disponível em: http://cyber.law.harvard.edu/communia2010/sites/communia2010/images/Kolikant_2010_Digital_Natives_Better_Learners.pdf. Acesso em: 2 ago. 2015.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. v. 1.
CARVALHO, I. C. L. A socialização do conhecimento no espaço das bibliotecas universitárias. Rio de Janeiro: Interciência, 2004.
CARLSON, S. The deserted library. Chronicle of Higher Education, Washington, v. 48, n. 16, p. 35-36, 2001.
CERBASI, G.; BARBOSA, C. Mais tempo, mais dinheiro. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2009.
CUNHA, M. B. Construindo o futuro: a biblioteca universitária brasileira em 2010. Ciência da Informação, Brasília, v. 29, n. 1, p. 71-89, jan./abr. 2000.
DIK. Rapport fran arbertsgruppen om bibliotekariens framtida yrkekompetences. Stockholm: [s. n.], 2011. Disponível em: http://www.dik.se/media/252491/Rapport_bibliotekariens_yrkeskompetens_slut_giltig.pdf Acesso em: 6 ago. 2015.
EMANUEL, J. Digital native librarians, technology skills, and their relationship with technology. Information Technology and Libraries, Chicago, v. 32, n. 3, p. 20-33, 2013.
FERNANDEZ DEL CASTRO, J. L. Juventud: ¿ser quien es?. Ábaco: Revista de Cultura y Ciencias Sociales, Gijón, v. 4, n. 66, p. 21-67, 2010. Disponível em: http://www.revistasculturales.com/xrevistas/PDF/72/1393.pdf. Acesso em: 18 abr. 2015.
FREIRE FILHO, J. F.; LEMOS, J. F. Imperativos de conduta juvenil no século XXI: a “Geração Digital” na mídia impressa brasileira. Revista Comunicação, mídia e consumo, São Paulo, v. 5, n. 13, p. 11-25, 2008. Disponível em: http://revistacmc.espm.br/index.php/revistacmc/issue/view/13. Acesso em: 18 abr. 2015.
FONTES, B. A. S. Redes sociais e poder local. Recife: Ed. Universitária UFPE, 2012.
FURNIVAL, A. C.; GRACIOSO, L. S. M-libraries e information commons: novos espaços, novas práticas. Geminis, São Carlos, v. 2, n. 1, p. 86-105, 2011. Disponível em: https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/41/38. Acesso em: 12 jul. 2022.
GIRÃO, O.; PEREIRA, S.; PINTO, M. Debate em torno dos nativos digitais. Comunicação e Cultura III Jornadas Doutorais Ciências da Comunicação e Estudos Culturais, Portugal, p. 78-88, 2014. Disponível em: http://www.lasics.uminho.pt/ojs/index.php/cecs_ebooks/article/view/1949/1874. Acesso em: 01 ago. 2015.
HJORLAND, B. Documents, memory institutions and information Science. Journal of Documentation, London, v. 56, n. 1, 2000.
JEANNERET, Y. Dispositif. In: UNESCO. La societé de i´nformation: glossaire critique. Paris: La Documentation Française, 2005. p. 50-51.
JONES, C.; SHAO, B. The net generation and digital natives: implications for higher education. Higher Education Academy. York: [s. n.], 2011. Disponível em: http://oro.open.ac.uk/30014/. Acessado em: 31 jul. 2015.
KELLEY, M. The quiet plug crisis: a digital generation scours the library for electrical outlets. Library Journal, New York, v. 136, n. 2, p. 24-25, 2011.
KIVUNJA, C. Theoretical perspectives of how digital natives learn. International Journal of Higher Education, Ontario, v. 3, n. 1, p. 94-109, 2014. Disponível em: http://www.sciedu.ca/journal/index.php/ijhe/article/view/4053/2382. Acesso em: 02 ago. 2015
LEHMKUHL, K. M.; CHAGAS, M. T. Os Nativos Digitais E Seu Comportamento De Busca De Informação Científica On-Line. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 15., 2014, Belo Horizonte. Anais [...]. Belo Horizonte: UFMG, 2014.
LEITÃO, B. J. M. Avaliação qualitativa numa biblioteca universitária. Rio de Janeiro: Interciência, 2005.
LIPPINCOTT, J.K. “Information commons: meeting Millennials’ needs”. Journal of Library Administration, New York, v. 50, n. 1, p. 27-37, 2010.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MENG, B. Hybrid Library: The New Trend of the Traditional Library and It’s Modern. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON INFORMATION, BUSINESS AND EDUCATION TECHNOLOGY, 2013, China. Proceedings […]. Cinha: ICIBET, 2013.
MOURA, A. Geração móvel: um ambiente de aprendizagem suportado por tecnologias móveis para a “Geração Polegar”. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE TIC NA EDUCAÇÃO, 6., 2009, Portugal. Anais […]. Portugal: Universidade do Minho, 2009. p. 49-77. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/10056/1/Moura%20%282009%29%20Challenges.pdf. Acesso em: 05 abr. 2015.
WAN, N. G. Can we teach digital natives digital literacy? Computers & Education, New York, v. 59, n. 3, p. 1065-1078, 2012. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0360131512001005. Acesso em 01 ago. 2015.
OLIVEIRA, S. Jovens para sempre: como entender os conflitos de gerações. São Paulo: Integrare Editora, 2012.
PARTRIDGE, H.; MENZIES, V.; LEE, J.; MUNRO, C. The contemporary librarian: skills, knowledge and attributes required in a world of emerging Technologies. Library & Information Science Research, Norwood, v. 32, n. 4, p. 265-271, 2010.
PEDERSEN, K. N. Libranship: from collections control to tools understanding. New Library World, London, v. 12, n. 107, p. 538-551, 2006.
PICON, A. A. spaces in the age of cyberspace: prospective remarks. In: UNIVERSITY AND CYBERSPACE: RESHAPING KNOWLEDGE INSTITUTIONS FOR THE NETWORKED AGE, 1., 2010, Torino. Anais […]. Torino: [s. n.], 2010. Disponível em: http://www.communiaproject.eu/communiafiles/conf2010/conf2010n_Picon.pdf. Acesso em: 7 ago. 2010.
ROBINSON, M. Digital nature and digital nurture: Libraries, learning and the digital native. Library Management, Bradford, v. 29, n. 2, p. 67-76, 2008.
RODI, A. F.; SPANGLER, S. C.; KOHUN, F. G.; DELORENZO, G. J. A case study: are digital natives dead? What are the key factors and perceptions librarian’s view of the digital native culture in higher education?. Issues in Information Systems, [s. l.], v. 15, n. 2, p. 207-213, 2014.
ROCHA, C. Biblioteca digital vs Biblioteca tradicional. [S. l.: s. n.], 2009. Disponível em: http://planeamentobibliotecasdigitais.blogspot.com/2009/11/bibliotecas-digitais-vs-bibliotecas.html. Acessado em: 13 jul. 2022.
SANTOS, C. F.; ARIENTE, M.; DINIZ, M. V. C.; DOVIGO, A. A. O processo evolutivo entre as gerações X, Y e baby boomers. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO SEMEAD, 14., 2011, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: FEA USP, 2011. Disponível em: http://www.ead.fea.usp.br/semead/14semead/resultado/trabalhosPDF/221.pdf. Acesso em: 01 abr. 2015.
SCHMIDT, J. Online space displacing physical space in libraries: the impact of online use on transformation of library design. In: ALIA INFORMATION ONLINE CONFERENCE AND EXIBITION, 2011, Sydney. Anais […]. Sydney: ALIA, 2011.
TAPSCOTT, D. A hora da geração digital: como os jovens que cresceram usando a internet estão mudando tudo, das empresas aos governos. Rio de Janeiro: Agir Negócios, 2010.
TAYLOR, P.; KEETER, S. Millennials Confident Connected Open to Change. Washington: Pew Internet and American Life Project, 2010.
TOLBIZE, A. Generational diferences in the workplace. Minnesota: research and training center on community living, 2008. Disponível em: http://rtc.umn.edu/docs/2_18_Gen_diff_workplace.pdf. Acesso em: 01 abr. 2015.
TOMAÉL, M. I.; ALCARÁ, A. R.; DI CHIARA, I. G. Das redes sociais à inovação. Revista Ciência da Informação, Brasília, v. 34, n. 2, p. 93-104, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n2/28559.pdf. Acesso em: 18 abr. 2015.
UNIVERSITY OF SHEFFIELD. Information Commons. [S. l.: s. n.], 2012. Disponível em: http:wwwsheffield.ac.uk/infocommons. Acesso em:01 ago.2015.
VARELA-OROL, C. Hacia um nuevo paradigma bibliotecário? El nuevo orden digital. El professional de la Información, Barcelona, v. 20, n. 5, p. 564-570, 2011.
WANG, E.; MYERS, M. D.; SUNDARAM, D. Digital Natives and digital immigrants: towards a model of digital fluency. In: ECTS, 2012, [s. l.]. Proccedings […]. [S. l.: s. n.], 2012. p. 1-13.
WIDÉN, G.; KRONQVIST-BERG, M. The future librarian: a diverse and complex professional. In: IATUL CONFERENCES, 2014, [s. l.]. Proceedings […]. [S. l.: s. n.], 2014.
WHITCHURCH, M. J. Planning an information commons. Journal of Library Administration, New York, v. 50, p. 39-50, 2010.
YELINEK, K.; BRESSLER, D. The perfect storm: a review of the literature on increased noise levels in academic libraries. College & Undergraduate Libraries, Binghamton, n. 20, p. 40-51, 2013.
YOO-LEE, E. Y.; LEE, T. H.; VELEZ, L. T. Planning library spaces and services for Millennials: an evidence-based approach. Library Management, Bradford, v. 34, n. 7, 2013.
ZANETTI, D. A cultura do compartilhamento e a reprodutibilidade dos conteúdos. Revista Ciberlegenda, Rio de Janeiro, n. 25, p. 60-70, 2011. Disponível em: https://periodicos.uff.br/ciberlegenda/article/view/36884/21458. Acesso em: 13 jul. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.
O conteúdo dos textos e a citação e uso de imagens submetidas são de inteira responsabilidade dos autores.
Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação, no caso a Informação & Informação.