O álbum Desterro (Álibi de Orfeu) e suas possibilidades de aplicação no ensino de história da Amazônia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2238-3018.2024v30n2p212-229

Palavras-chave:

Ensino de História, Amazônia, Rock, Cultura

Resumo

Este trabalho tem por objetivo refletir sobre o uso de música no ensino de história, com recorte geográfico para o estado do Amapá, elegendo o não mais utilizado Referencial Curricular Amapaense como um dos elementos de análise comparativa com a produção fonográfica que será também investigada. Especificamente, será analisado o disco Desterro, da banda de rock paraense Álibi de Orfeu, em atividade desde o final da década de 1980. Por se tratar de uma obra conceitual, na qual conta uma narrativa fictícia acerca de um processo migratório, daí o nome Desterro, esta produção fonográfica dispõe de marcadores culturais e identitários referentes não apenas ao Pará, como a região Amazônica, ao longo do disco. Para além disto, esta produção ganhou o formato de Ópera Rock no ano de 2020, com o objetivo de ampliar os horizontes conceituais do disco. Desse modo, é possível notar que a audição deste álbum pode ser uma ferramenta interessante para discussões relacionadas a história da Amazônia, principalmente em seu aspecto cultural, e por intermédio disto, contribuir para ampliação de ferramentas didáticas em sala de aula.

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Biografia do Autor

Lucas de Souza Maximim, Universidade Federal do Pará

Mestre em História pela UNIFAP. Doutorando em História Social da Amazônia pela UFPA. Bolsista Capes (Demanda Social).

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Publicado

2024-12-31

Como Citar

de Souza Maximim, L. (2024). O álbum Desterro (Álibi de Orfeu) e suas possibilidades de aplicação no ensino de história da Amazônia. História & Ensino, 30(2), 212–229. https://doi.org/10.5433/2238-3018.2024v30n2p212-229

Edição

Seção

Dossiê ENSINO DE HISTÓRIA EM "PERIFERIAS": ENSINAR E APRENDER EM MARGENS, BEIRAS, BORDAS E FRONTEIRAS