A Lei nº 10639/03: entre práticas e políticas curriculares

Autores

  • Rosemeire dos Santos Professora de História de Ensino Fundamental e Ensino Médio do Colégio de Aplicação de Londrina, órgão suplementar da Universidade Estadual de Londrina.

DOI:

https://doi.org/10.5433/2238-3018.2010v16n1p41

Palavras-chave:

Currículo, Apropriação de professores, Lei nº10639/03, Afrodescendentes

Resumo

O presente artigo pretende tecer algumas considerações sobre a Lei nº10639/03, que está próxima de completar oito anos de sua promulgação e cuja implementação ainda não produziu os resultados esperados, levantando-se alguns pontos de dificuldade na sua efetivação. Utilizando parte de um projeto, ainda em desenvolvimento, procuraremos fazer uma reflexão justamente sobre as dificuldades de realização da Lei. Dessa reflexão nasceram algumas indagações que buscaremos discutir ao longo do texto, a saber: como os professores estão se apropriando desta lei? Quais são as possíveis resistências enfrentadas? Chegando a mais indagações do que respostas esse artigo procura mostrar que uma lei não é o bastante no intuito de se corrigir distorções históricas sofridas por negros e afrodescendentes, é preciso acrescer a ela um intenso trabalho de formação dos professores, que realizaram o trabalho junto aos alunos, suscitando primeiro neles o interesse e significação para que se considere legítimo mudar sua prática ou que se crie uma nova.

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Biografia do Autor

Rosemeire dos Santos, Professora de História de Ensino Fundamental e Ensino Médio do Colégio de Aplicação de Londrina, órgão suplementar da Universidade Estadual de Londrina.

Professora de História de Ensino Fundamental e Ensino Médio do Colégio de Aplicação de Londrina da Universidade Estadual de Londrina.

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Publicado

2010-09-09

Como Citar

Santos, R. dos. (2010). A Lei nº 10639/03: entre práticas e políticas curriculares. História & Ensino, 16(1), 41–59. https://doi.org/10.5433/2238-3018.2010v16n1p41

Edição

Seção

Artigos