Diálogos com o cavaleiro inexistente: o ensino de história enquanto campo de pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.5433/2238-3018.2011v17n2p219Palavras-chave:
Ensino de História, Didática da História, Epistemologia do Ensino de HistóriaResumo
Neste artigo realizo reflexões acerca da especificidade do ensino de História enquanto campo de pesquisa. Considero que pelo “entre” lugares que ocupa a condição sine qua non de qualquer investigação no campo do ensino de História é necessariamente um intenso diálogo com a História e com a Educação. Contudo, as áreas de vinculações e referências para o ensino de História não se encerram aqui. Também as Ciências Sociais, a Filosofia, a Psicologia Cognitiva, a Geografia, a Lingüística, a Literatura, a Comunicação, as Artes, dentre outras, fornecem chaves de leitura aos fenômenos que pesquisamos. É, portanto, a miscelânea, a mestiçagem que permite o estabelecimento de pontes, o aflorar da criatividade, as potencialidade de inteligibilidade, compreensão, emancipação. Ao observar os trabalhos do campo, percebe-se que há um fio condutor, uma perspectiva integradora, uma unidade na diversidade, se entendermos a Didática da História como uma disciplina que investiga os processos circulação e ensino-aprendizagem da História no mundo da cultura, envolvendo os mais diferentes níveis e modalidades da educação, incluindo se o ensino superior e os espaços não escolares. Vemos assim que o campo do ensino de História no Brasil dá mostras de que há uma didática da história com o entrelaçamento de diferentes matrizes teóricas. Penso, portanto, que a vinculação da didática da História é com o campo do ensino de História, o que permite articulação nas análises tanto com a teoria da história quanto com a psicologia cognitiva ou a didática geral.
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