O terapeuta suficientemente narrativo na clínica psicanalítica infantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n1p71

Palavras-chave:

Clínica psicanalítica infantil, Brincar, Narrar

Resumo

A escrita dessa pesquisa movimenta quatro questões teóricas importantes no âmbito da clínica Psicanalítica: a infância, brincar e narrar. Buscar-se-á ao longo desse percurso tecer relações entre elas a fim de que seja possível refletir sobre o lugar e a função do psicólogo na clínica psicanalítica infantil partindo da noção de narração, a partir de um referencial teórico psicanalítico de abordagem winnicottiana. A pesquisa foi realizada com três profissionais da área, que são autores importantes dentro do cenário da clínica psicanalítica infantil e, que vem se ocupando atualmente, de reflexões acerca da função narrativa do psicoterapeuta. A coleta de dados deu-se a partir de um questionário estruturado e os dados foram interpretados pelo método de análise de conteúdo. A partir da pesquisa foi possível pensar em algumas especificidades da clínica psicanalítica infantil como o papel do brincar e o espaço dos pais no processo psicoterápico além problematizar a noção de narração no setting levando em consideração as especificidades desta clínica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Débora Trombini Comis, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Graduação em Psicologia pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, campus de Santiago (URI)

Camila Baldicera Biazus, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Doutorado em Linguística pela UFSM.  Professor titular da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Ana Cristina Antunes Rezende, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Acadêmica de Psicologia na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI Campus Santiago. 

Referências

Armony, N. (2013). O homem transicional: Para além do neurótico & borderline. São Paulo, SP: Zagodoni.

Bardin, L. (1977). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Benjamin, W. (1987). Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre a literatura e história da cultura. Obras escolhidas. (Sérgio Paulo Rouanet, Trans., vol. 1, 5ª ed.). São Paulo, SP: Brasiliense. (Trabalho original publicado em 1936)

Benjamin, W. (2002). Narrativa e cura. São Paulo, SP: Jornal de Psicanálise.

Brandão L., Smithm V., Sperb, T. M., & Parente M. A. M. P. (2006). Narrativas intergeracionais. Psicologia: Reflexão & Crítica, 19(1), 98-105. doi: 10.1590/S0102-79722006000100014

Castro, M. G., & Strümer, A. (Eds.). (2009). Crianças e adolescentes em psicoterapia: A abordagem psicanalítica. Porto Alegre, RS: Artmed.

Cervi, T. (2014). O brincar e o narrar: Fios que tecem a subjetividade. Porto Alegre, RS: Rabisco - revista de Psicanálise.
Cintra, M. F. V., & Sei, M. B. (2013). Psicanálise de crianças: Histórico e Reflexões atuais. Revista da Universidade Ibirapuera, 5, 1-8.

Comis, D. T., Tolfo, A. C. R., & Biazus, C. B. (2016, setembro). O ser criativo na clínica psicanalítica infantil contemporânea. XI Encontro Brasileiro sobre o Pensamento de D. W. Winnicott, Porto Alegre, RS, Brasil.

Corso, D. (2014). Um psicanalista suficientemente narrativo: Resenha do livro A infância através do espelho” de Celso Gutfreind. Recuperado em 5 julho 2018, de http://www.marioedianacorso.com/um-psicanalista-suficientemente-narrativo.

Corso, D., & Corso, M. (2001). A psicanálise na terra do nunca: Ensaios sobre a fantasia. Porto Alegre, RS: Penso.

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. (3ª ed). Porto Alegre, RS: Artmed.

Falcão, A. (2006). O homem que só tinha certezas e outras crônicas. São Paulo, SP: Editora Planeta do Brasil.

Freud, S. (1977). Escritores criativos e devaneio (Vol. 9). Edição standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund

Freud. Rio de Janeiro, RJ: Imago. (trabalho original publicado em 1907).

Freud, S. (1973). Duas Histórias Clínicas: o Pequeno Hans e o Homem dos Ratos. Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1909).

Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. (6ª ed.). São Paulo, SP: Atlas S. A.

Gomes, R. (2002). A análise de dados em pesquisa qualitativa. In M. C. S. Minayo (Ed)., Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes.

Graña, R. B. (2010). O diálogo transicional na psicanálise de crianças: Indicação lúdica e testemunho presencial. São Paulo, SP: Revista brasileira de Psicanálise.

Graña, R. B. (2014). O declínio da interpretação: Experiência e intervenção em psicanálise. Curitiba, PR: Juruá.

Graña, R., & Piva, A. (2001). A atualidade da Psicanálise de crianças: Perspectivas para o novo século. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.

Goldemberg, R. C. (1995). Psicanalisar. In J. M. Filho & A. L. M. L. Silva (Eds.), Winnicott: 24 anos depois (pp. 35-39). Rio de Janeiro, RJ: Revinter.

Gutfreind, C. (2010). Narrar, ser mãe, ser pai & outros ensaios sobre a parentalidade. Rio de Janeiro, RJ: DIFEL.

Gutfreind, C. (2012). A dança das palavras. Poesia e narrativa para pais e professores. Porto Alegre, RS: Artes e Ofícios.

Gutfreind, C. (2014). A infância através do espelho: A criança no adulto, a literatura na psicanálise. Porto Alegre, RS: Artmed.

Hisada, S. (2002). Clínica do setting em Winnicott. Rio de Janeiro, RJ: Revinter.

Jerusalinsky, J. (2016). No mundo da lua – o drama da atenção na infância contemporânea. Recuperado em 11 outubro 2018, de https://emais.estadao.com.br/blogs/crianca-em-desenvolvimento/no-mundo-da-lua-o-drama-da-atencao-a-infancia-contemporanea/.

Kupermann, D. (2008). Presença sensível – cuidado e criação na clínica psicanalítica. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.
Loparic, Z. (2011). Esboço do paradigma winnicottiano. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, 11(2), 7-58.

Oliveira, F. (2009, abril). A narrativa e a experiência em Walter Benjamin. Congresso Lusocom, Lisboa, Portugal, 8. Recuperado em 5 julho 2018, de http://lucioteles.com.br/wp-content/uploads/2017/08/experiencia-e-narrativa.pdf

Priszkulnik, L. (1995). A criança e a Psicanálise: o “lugar” dos pais no atendimento infantil. Psicologia USP, 6(2), 95-102.

Resende, C. M. (2013). Escutar com o corpo: A experiência sensível entre dança, poesia e clínica. (Tese de Doutorado). Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.

Silva, J. M. & Reis, M. E. B. T. (2017). Psicoterapia psicanalítica infantil: O lugar dos pais. Temas em Psicologia, 25(1), 235-250.

Souza, J. O., & Assis, M. F. P. (2014). O brincar e o narrar: oferta de espaços potenciais em um mundo acelerado. Perspectivas em Psicologia, 18(1), 57-74.

Winnicott, D. W. (1982). A criança e o seu mundo. (Álvaro Cabral, Trans., 6ª ed.) Rio de Janeiro, RJ: LTC. (Trabalho original publicado em 1965).

Winnicott, D. W. (2011). A família e o desenvolvimento individual. (Marcelo Brandão Cipolla, Trans., 4ª ed.). São Paulo, SP: Martins Fontes. (Trabalho original publicado 1993).

Winnicott, D. W. (1975). O brincar e a realidade. (José Otavio de Aguiar Abreu, Trans.). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado 1971).

Downloads

Publicado

2020-05-04

Como Citar

Trombini Comis, D., Biazus, C. B., & Rezende, A. C. A. (2020). O terapeuta suficientemente narrativo na clínica psicanalítica infantil. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 11(1), 71–97. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n1p71

Edição

Seção

Artigos Originais