O IDHM dos municípios brasileiros sob a perspectiva da análise exploratória de dados espaciais

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2317-627X.2019v7n2p49

Palabras clave:

Setor público, AEDE, clusters, longevidade, educação, renda.

Resumen

O objetivo do presente estudo foi verificar as alterações na distribuição espacial do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os municípios brasileiros, no período de 1991 e 2010. O indicador, associado a observação de três dimensões, longevidade, educação e renda, permite a visualização de quanto é equânime o progresso de um município. O método de investigação consistiu no emprego da análise exploratória de dados espaciais (AEDE), com a utilização de matrizes de transição aplicadas e apresentadas por Rey (2001). Os resultados mostraram a existência de autocorrelação espacial positiva nos dois anos analisados. A análise da distribuição espacial revelou que 90,7% dos municípios que estavam no agrupamento de baixo desenvolvimento no ano de 1991, permaneceram na mesma situação em 2010. O indicador de educação foi o que mais evoluiu em termos percentuais, embora na condição absoluta tenha se situado abaixo dos indicadores de longevidade e renda. Levando em consideração o porte dos municípios, as unidades com baixa população, localizadas principalmente no Norte e Nordeste apresentaram IDHM abaixo da média nacional. Em relação as capitais brasileiras, os bons níveis de desenvolvimento socioeconômicos, foram observados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.  

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Biografía del autor/a

Marcio Marconato, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Doutor em Economia pela Universidade Estadual de Maringá - UEM

Marcio Henrique Coelho, Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

Doutor em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

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Publicado

2019-12-09

Cómo citar

Marconato, M., & Coelho, M. H. (2019). O IDHM dos municípios brasileiros sob a perspectiva da análise exploratória de dados espaciais. Economia & Região, 7(2), 49–68. https://doi.org/10.5433/2317-627X.2019v7n2p49

Número

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