Análise da competitividade do setor cafeeiro brasileiro no mercado internacional

Autores

  • Samuel Alex Coelho Campos Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional (ESR); Universidade Federal Fluminense - UFF http://orcid.org/0000-0001-7171-7349

DOI:

https://doi.org/10.5433/2317-627X.2022v10n1p123

Palavras-chave:

Café, Competitividade, Exportação

Resumo

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, produzindo tanto a variedade arábica como a robusta. Contudo, a participação brasileira mundial reduziu aproximadamente em 25% entre 1997 e 2019. Essa queda da participação pode ser resultado da concentração das exportações brasileiras desse produto em alguns destinos. De forma a analisar a competitividade das exportações brasileiras entre 1997 e 2019 foi utilizado o método Constant Market Share. Os resultados indicaram que o Brasil foi competitivo no período, além de ter adaptado sua pauta de exportação à demanda mundial e direcionado suas exportações para mercados com demanda de maior crescimento. Por outro lado, o país exportou produtos em que a demanda tem crescido lentamente e direcionou suas exportações para países em que sua demanda tem crescido a uma taxa menor do que a mundial. Como forma de aumentar a sua participação no mercado internacional é importante que o país adote ações de marketing direto ao consumidor, por exemplo, o que pode resultar em preços pagos aos produtos rurais maiores e mais estáveis

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Biografia do Autor

Samuel Alex Coelho Campos, Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional (ESR); Universidade Federal Fluminense - UFF

Doutor em Economia Aplicada pela Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz".  Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) - Campos dos Goytacazes. Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

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Publicado

30-01-2022

Como Citar

Campos, S. A. C. (2022). Análise da competitividade do setor cafeeiro brasileiro no mercado internacional. Economia & Região, 10(1), 123–143. https://doi.org/10.5433/2317-627X.2022v10n1p123

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Seção

Artigos