O amigo da onça entre as fronteiras do público e do privado (1956 – 1961)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-9126.2010v4n6p39

Palavras-chave:

Público/privado, Amigo da onça, Cartum.

Resumo

A partir de bibliografias específicas, debatem-se, neste trabalho, os conceitos de público e privado, a delimitação de seus domínios bem como a fusão destes. Essa discussão teórica permite o embasamento necessário para a análise imagética do cartum Amigo da Onça enquanto manifestante do imaginário de seu tempo e espaço. Encontramos, pois, nos cartuns de Péricles Maranhão, seu artista criador, temáticas primeiramente ocorridas em espaços públicos. O recorte temporal, todavia, (1956-1961), período do governo JK, no qual a busca pelo progresso, modernização e consequentemente a cultura de consumo estavam em evidência no país, possibilita o encontro do público e do privado, em uma invasão mútua destes espaços. Assim, o Amigo da Onça é tomado como símbolo do imaginário de seu período, manifestando em suas abordagens essas premissas, evidenciando diferentes domínios e/ou sugerindo o seu encontro.

Biografia do Autor

Ana Flávia Dias Zammataro, Universidade Estadual de Londrina.

Mestre em História pela Universidade Estadual de Londrina.

Referências

ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Modelos da História e da historiografia imperial. 7-10. In: ALENCASTRO, Luiz Felipe de; NOVAIS, Fernando A. (org.). História da vida privada no Brasil – Império: a corte e a modernidade nacional. v.2. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

FIGUEIREDO, Anna Cristina Camargo Moraes. Liberdade é uma calça velha, azul e desbotada. Publicidade, cultura de consumo e comportamento político no Brasil (1954-1964). São Paulo: Hucitec, 1998.

HALL, Catherine; HUNT Lynn; PERROT Michelle. Ergue-se a cortina. 13-47. In: PERROT, Michele (org.). História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. v.4.

MARINS, Paulo César Garcez. Habitação e vizinhança: limites da privacidade no surgimento das metrópoles brasileiras. In: NOVAIS, Fernando A.; SEVCENKO, Nicolau (org.). História da vida privada no Brasil. República: da Belle Époque à era do rádio São Paulo: Companhia das Letras, 1998. v.3.

PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. São Paulo: Perspectiva, 1976.

PROST, Antoine. Fronteiras e espaços do privado. 13-99. In: PROST, Antoine; VINCENT, Gérard (org.). História da Vida Privada: da Primeira Guerra a nossos dias. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. v.5.

RIANI, Camilo. Ta rindo de que? Um mergulho nos salões de humor de Piracicaba. Piracicaba: UNIMEP, 2002.

ROMUALDO, Edson Carlos. Charges jornalísticas: intertextualidade e polifonia. Maringá: Eduem, 2000.

SALIBA, Elias Thomé. A dimensão cômica da vida privada na República. In: NOVAIS, Fernando A.; SEVCENKO, Nicolau (org.). História da vida privada no Brasil. República: da Belle Époque à era do rádio, v.3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Downloads

Publicado

2010-05-01

Como Citar

Zammataro, A. F. D. (2010). O amigo da onça entre as fronteiras do público e do privado (1956 – 1961). Domínios Da Imagem, 4(6), 39–52. https://doi.org/10.5433/2237-9126.2010v4n6p39

Edição

Seção

Artigos gerais