A LINGUAGEM JURÍDICA E AS RELAÇÕES DE SABER-PODER-VERDADE NOS DOCUMENTÁRIOS “JUSTIÇA” E “JUÍZO”.

Autores

  • Vitor Manoel Bonfim Silva Universidade do Estado da Bahia - Campus XX - Brumado/BA
  • Samene Batista Pereira Santana Universidade do Estado da Bahia - Campus XX - Brumado/BA

DOI:

https://doi.org/10.5433/1980-511X.2022v17n1p152

Palavras-chave:

Acesso à Justiça, Documentário, Linguagem Jurídica.

Resumo

O presente artigo objetiva analisar os documentários “Justiça” e “Juízo”, dirigidos por Maria Augusta Ramos, com o intuito de compreender como o uso excessivo do juridiquês em âmbito jurídico configura-se como um obstáculo ao acesso à justiça. Para tanto, a metodologia utilizada é a abordagem qualitativa com viés dedutivo, haja vista que o objetivo central da pesquisa é fazer um estudo fílmico-jurídico-filosófico que possibilite entender as produções documentais sob os seguintes aspectos: cinematográfico, especialmente pelo estudo das questões técnicas de produção dos filmes; jurídico, utilizando o conceito de “Ondas Renovatórias do Acesso à Justiça”, proposto por Mauro Cappelletti e Bryant Garth; e filosófico, a partir da premissa teórica de Michel Foucault consagrada no livro: A Ordem do Discurso.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vitor Manoel Bonfim Silva, Universidade do Estado da Bahia - Campus XX - Brumado/BA

Graduando em Direito pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus XX - Brumado-BA. É estagiário no Fórum Eliezer Rodrigues de Souza, vinculado ao TJBA, na cidade de Barra da Estiva-BA. Foi integrante do grupo de pesquisa LAPEFIDA - Laboratório de Pesquisa em Filosofia, Direito e Audiovisual, vinculado à Rede Brasileira de Direito e Literatura (RDL). Foi integrante da LACIC - Liga Acadêmica de Ciências Criminais. CV Lattes: http://Lattes.cnpq.br/6615639644028613. E-mail: vitormanoelbonfim13@gmail.com

Samene Batista Pereira Santana, Universidade do Estado da Bahia - Campus XX - Brumado/BA

Pós-doutora pela Universidade de MICHR/Itália. Doutora em Memória: linguagem e sociedade (UESB) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Mestre pelo mesmo programa. Advogada. Professora no curso de Direito da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Faculdade Independente do Nordeste (Fainor) e Faculdade Santo Agostinho (Fasa). Vitória da Conquista/Bahia-Brasil. CV Lattes: http://lattes.com.br/0920063961755124. E-mail: samenebatista@gmail.com

Referências

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Porto Alegre: Fabris, 1988.

DOLZANY DA COSTA, Marcelo. A comunicação e o acesso à justiça. R. CEJ, Brasília, n. 22, p. 13-19.

FAGNANI, Eduardo. A Política Social do Governo Lula (2003-2010): perspectiva histórica. SER Social, v. 13, n. 28, p. 41-80, 28 nov. 2011.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 15 ed. São Paulo: Loyola, 2007.

____Aulas sobre a vontade de saber. 1 ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014.

JUÍZO. Direção e produção: Maria Augusta Ramos. 2008. 107 min.

JUSTIÇA. Direção e produção: Maria Augusta Ramos. 2004. 90 min 20 segs.

LIRA, Bertrand. A construção da “voz” nos documentários observativos justiça e juízo. Revista Digital de Cinema Documentário, Covilhã, Doc. On-line, n. 13, dezembro de 2012. Disponível em: <http://doc.ubi.pt/13/artigo_bertrand_lira.pdf >. p. 208-226. Acesso em: 27 set. 2020.

RAMOS, Clara Leonel; GERVAISEAU, Henri Pierre Arraes de Alencar. Juízo e o teatro da justiça: narrativa e performance. In: I Jornada Discente PPGMPA – USP, 1., 2010, São Paulo. Anais da I Jornada Discente - PPGMPA ECA/USP. São Paulo: ECA, 2010, p. 01-16.

SANTANA, Samene Batista Pereira. A linguagem jurídica como obstáculo ao acesso à Justiça: uma análise sobre o que é o Direito engajado na dialética social e a consequente desrazão de utilizar a linguagem jurídica como barreira entre a sociedade e o Direito/Justiça. Âmbito Jurídico, Rio Grande, v. 15, n. 105, out. 2012. Disponível em: <http://bit.do/cWBvR>. Acesso em: 27 set. 2020.

____Regimes de visualidade da violência: biopoder e tanatopolítica em Ônibus 174. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO E LITERATURA, 7., 2018, Belo Horizonte. Anais do VII Congresso Internacional de Direito e Literatura: Narrativas e desafios de uma constituição balzaquiana. Porto Alegre: RDL, 2019, p. 644-64.

Downloads

Publicado

2022-04-30

Como Citar

Bonfim Silva, V. M., & Batista Pereira Santana, S. (2022). A LINGUAGEM JURÍDICA E AS RELAÇÕES DE SABER-PODER-VERDADE NOS DOCUMENTÁRIOS “JUSTIÇA” E “JUÍZO”. Revista Do Direito Público, 17(1), 152–171. https://doi.org/10.5433/1980-511X.2022v17n1p152

Edição

Seção

Artigos