Hannah Arendt e a antiguidade clássica: reflexões sobre os usos da concepção de liberdade em Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2020v13n25p425Palabras clave:
Usos do Passado, Hannah Arendt, AristótelesResumen
Objetivamos, neste artigo, analisar os filtros de leitura de Hannah Arendt sobre a democracia ateniense, mais precisamente sobre a concepção de liberdade aristotélica em ‘A constituição de Atenas’. O estudo aqui apresentado se insere no âmbito de investigações sobre os usos do passado clássico, como dispositivo discursivo útil à reflexão de questões contemporâneas. No caso em apreço, preocupamo-nos em compreender em que medida a concepção de liberdade de Aristóteles, apropriada por Hannah Arendt, contribui para que a filósofa aprimore suas reflexões sobre a relação entre política, poder e liberdade, tendo em vista as circunstâncias político-culturais em que está inserida. Sendo assim, a pesquisa justifica-se pela necessidade de aprofundarmos a discussão sobre os usos do passado clássico na filosofia contemporânea, uma vez que percebemos referências recorrentes de filósofos contemporâneos europeus, sobretudo de escolas francesas e germânicas, à literatura greco-romana. A partir dessa perspectiva, faz-se necessário, ao longo de nossas reflexões, pontuar a relevância do pensamento aristotélico para Hannah Arendt no que diz respeito à construção de um olhar sobre a concepção de liberdade entre os atenienses, que permita indagar o cenário político no qual estava inserida.Descargas
Citas
ARISTÓTELES. A constituição de Atenas. Tradução de Francisco Murari Pires. São Paulo: Editora Hucitec,1995. Edição bilíngue.
ARISTÓTELES. Vida e obra. Tradução de Leonel Vallandro, Gerd Bornheim. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 8-30. (Os Pensadores, v.1).
ARISTÓTELES. Política. Tradução de Maria Aparecida Oliveira Silva. São Paulo: Edipro, 2019.
BAKOGIANNI, Anastasia. O que há de tão “clássico” na recepção dos clássicos?: teorias, metodologias e perspectivas futuras. Codex: revistas de estudos clássicos, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 114-131, 2016.
FRANCISCO, Gilberto da Silva; MORALES, Fabio Morales. Desvendando o atenocentrismo. Revista de Cultura e Extensão, São Paulo, v. 14, p. 67-79, 2016. Suplemento.
GOODY, J. O roubo da história: como os europeus se apropriaram das ideias e invenções do Oriente. Trad. Luiz Sérgio Duarte da Silva. SP: Contexto, 2008.
FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Grécia e Roma: vida pública e vida privada, cultura, pensamento e mitologia, amor e sexualidade. SP: Contexto, 2011.
SILVA, Glaydson José da. Antiguidade, arqueologia e a França de Vichi: usos do passado. Campinas: [s. n], 2005.
SILVA, Glaydson José da. O mundo antigo visto por lentes contemporâneas: as extremas direitas na França nas décadas de 1980 e 90, ou da instrumentalidade da antiguidade. Revista História, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 98 -118, 2007.
SONTHEIMER, Kurt. Prefácio. In: ARENDT, Hannah. O que é política?. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A Revista Antíteses adota a Licença Creative Commons Attribution 4.0 International, portanto, os direitos autorais relativos aos artigos publicados são do(s) autor (es), que cedem à Revista Antíteses o direito de exclusividade de primeira publicação.
Sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/