Molotov Suburb: creativity and punk resistance in the Meier neighborhood, Rio de Janeiro, in the 1980s

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2019v12n24p266

Keywords:

Punk. Meier, Rio de Janeiro, Suburbs, 1980s.

Abstract

 

The objective is to examine how Meier brought together conditions for the development of punk in Rio de Janeiro in the early 1980s. The central argument points that, in a context of redefining the suburb of Rio as a space for creative reinterpretations of national and foreign artistic genres and for the redefinition of locals with Brazilian redemocratization, Meier was a neighborhood easily accessible by young people who lived in the suburbs and had a specific closed location that allowed these young people to socialize with others who had the same musical interests and the same criticisms of the political-economic system and sociocultural, seen by them as oppressive. Appropriating rebellious aesthetics and behavior but not violence and adapting them in the process of reinventing national and Rio punk, the performance of punk bands in Meier - in particular the Molotov Cocktail - served as a stimulus for the creation of other bands that identified with the musical genre and attracted young people who adopted not only the challenge in the ways of dressing and acting, but in the manifestation of their criticism of the material precarious situation in which they lived in the Meier and other neighborhoods of the city and the state of Rio of January.

Author Biography

Diego Santos Vieira de Jesus, ESPM-Rio

PhD in International Relations at PUC-Rio and professor and researcher in the Professional Master's Program in Management of Creative Economy at ESPM-Rio.

References

ABREU, Maurício de Almeida. A evolução urbana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Instituto Pereira Passos, 1987.

BASTOS, Yuriallis Fernandes. Partidários do anarquismo, militantes da contracultura: um estudo sobre a influência do anarquismo na produção cultural anarco-punk. Caos: Revista Eletrônica de Ciências Sociais, n. 9, p. 284-433, 2005.

BECKER, Howard S. Uma teoria da ação coletiva. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.

BESSANT, John; LAMMING, Richard; NOKE, Hannah; PHILIPS, Wendy. Managing innovation beyond the steady state. Technovation, v. 25, n. 12, 2005, p. 1366-1376.

BIVAR, Antonio. O que é punk. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2001.

BOURDIEU, Pierre. A miséria do mundo. Petrópolis: Vozes, 2001.

BOWEN, Glenn A. Document analysis as a qualitative research method. Qualitative Research Journal, v.9, n.2, p.27-40, 2009.

CAIAFA, Janice. Movimento Punk na Cidade: invasão dos bandos sub. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.

CITRO, Silvia. El rock como un ritual adolescente. Trasgresión y realismo grotesco en los recitales de Bersuit. Trans: Revista Transcultural de Música, n. 12, s.p., 2008.

CRULS, Gastão. Aparência do Rio de Janeiro: notícia histórica e descritiva da cidade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1949.

ESSINGER, Silvio. Punk: anarquia planetária e a cena brasileira. São Paulo: Editora 34, 1999.

FRAIHA, Sílvia. Bairros do Rio: Méier & Engenho de Dentro. Rio de Janeiro: SESC, 2008.

GALLO, Ivone Cecília D’Avila. Punk: Cultura e Arte. Vária História, v. 25, n. 40, p. 747-770, 2008.

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.

GONÇALVES, Paula Vanessa Pires de Azevedo. Ser Punk: a narrativa de uma identidade jovem centrada no estilo e sua trajetória. 2005. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.

GUIMARÃES, Roberta Sampaio; DAVIES, Frank Andrew. Alegorias e deslocamentos do “subúrbio carioca” nos estudos das ciências sociais (1970-2010). Sociologia e Antropologia, v. 8, n. 2, p. 457-482, 2018.

HIERNAUX, Daniel; LINDON, Alicia. La periferia: voz y sentido en los estudios urbanos. Papeles de población. v. 10, n. 42, p. 101-123, 2004.

HOME, Stewart. Assalto à cultura: utopias, subversão, guerrilha na (anti)arte do século XX. São Paulo: Conrad, 2004.

KEMP, Kenia. Grupos de Estilo Jovens: o “Rock Underground” e as práticas (contra) culturais dos grupos “punks” e “trashs” em São Paulo. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1993.

LEÃO, Tom. I was a teenage punk. Na Cova do Leão, 25 maio 2012. Disponível em: <http://nacovadoleao.blogspot.com/2012/05/i-was-teenage-punk.html>. Acesso em: 9 jan. 2019.

LINHARES, Marcos André Seixas. A área central do Meier: dos trilhos para o asfalto. In: LIMA, Evelyn Furquim Werneck; MALEQUE, Miria Roseira (Org.) Espaço e cidade: conceitos e leituras. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, p.119-132.

MARTINS, José de Souza. A aparição do demônio na fábrica. São Paulo: Editora 34, 2008.

MELUCCI, Alberto. Juventude, Tempo e Movimentos Sociais. Revista Brasileira de Educação, n. 5, p. 5-14, 1997.

MORAES, Carlos. Meier. O Rio de Janeiro de Antigamente, 29 jan. 2011. Disponível em: <http://oriodeantigamente.blogspot.com/2011/01/meier.html>. Acesso em: 5 jan. 2019.

OLIVEIRA, Antônio Carlos de. Os fanzines contam uma história sobre punks. Rio de Janeiro: Achiamé, 2006.

OLIVEIRA, Roberto Camargos de. Do punk ao hardcore: elementos para uma história da música popular no Brasil. Temporalidades, v. 3, n. 1., p. 127-140, 2011.

PALOMBINI, Carlos. Soul brasileiro e funk carioca. Opus, v. 15, n. 1, p. 37-61, 2009.

PEDROSO, Helenrose Aparecida da Silva; SOUZA, Heder Claúdio Augusto de. Absurdo da Realidade: O Movimento Punk. Campinas: Editora Unicamp, 1983.

PEIRANO, Mariza. A antropologia como ciência social no Brasil. Etnográfica, v. 4, n. 2, p. 219-232, 2000.

PICCOLO, Fernanda Delvalhas. Ocupações punk no Rio de Janeiro: visões de mundo e constituição das identidades. Teoria e Cultura, v. 8, n. 1, p. 59-70, 2013.

PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A reinvenção dos territórios: a experiência latino-americana e caribenha. In: CECEÑA, Ana Esther. Los desafíos de las emancipaciones en un contexto militarizado. Buenos Aires: CLACSO, 2006, p.151-197.

PUNK MOLOTOV. Direção de João Carlos Rodrigues. Rio de Janeiro: s.p., 1983. (33 minutos), son., color.. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=X_9aPI4M7S0&t=68s . Acesso em: 10 jan. 2019.

SANSONE, Livio. Funk Baiano: Uma versão local de um fenômeno global? In: ___; SANTOS, Jocélio Teles dos. Ritmos em Trânsito. Sócio-Antropologia da Música Baiana. Salvador: Dynamis Editorial/ Programa a Cor da Bahia/ Projeto Samba, 1998, p.219-240.

SAPIA, Jorge Edgardo; ESTEVÃO, Andréa Almeida de Moura. Considerações a respeito da retomada carnavalesca: o carnaval de rua no Rio de Janeiro. Textos escolhidos de cultura e arte populares, v. 9, n. 1, p. 57-76, 2012.

SOARES, Maria Therezinha de Segadas. Divisões principais e limites externos do Grande Rio de Janeiro. In: ___.; BERNARDES, Lysia Maria Cavalcanti. Rio de Janeiro: cidade e região. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes, 1990, p.134-146.

VIANNA, Hermano. Funk e cultura popular carioca. Estudos históricos, v.3, n.6, p. 151-295, 1990.

VIEIRA, Tiago de Jesus. Uma outra historiografia do punk. História em Reflexão, v. 5, n. 10, p. 1-19, 2011.

VIEIRA, Tiago de Jesus. A defesa da legitimidade suburbana do punk nacional nos estudos da década de 1980. Revista Sapiência: Sociedade, Saberes e Práticas Educacionais, v. 5, n. 2, p. 109-122, 2016.

ZALUAR, Alba. A máquina e a revolta. As organizações populares e o significado da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 1985.

Published

2019-12-23

How to Cite

JESUS, Diego Santos Vieira de. Molotov Suburb: creativity and punk resistance in the Meier neighborhood, Rio de Janeiro, in the 1980s. Antíteses, [S. l.], v. 12, n. 24, p. 266–289, 2019. DOI: 10.5433/1984-3356.2019v12n24p266. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/35660. Acesso em: 22 jul. 2024.