Reflexões sobre as ditaduras do Cone Sul como projetos de refundação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2015v8n15espp132

Palavras-chave:

Ditaduras cívico-militares, América Latina, Cone Sul, Projetos de refundação

Resumo

As ditaduras foram instaladas a partir de um diagnóstico comum, segundo o qual haveria um círculo de radicalização que inexoravelmente nos levaria ao comunismo, que era preciso romper. Primeiro abruptamente, por meios repressivos; então, em uma tarefa de longo prazo, ele teve que ser exorcizado por meio de transformações estruturais, em todas as esferas da vida social, de modo que não pudesse se reproduzir e, assim, reconstituir um tecido que se acreditava estar irremediavelmente corrompido. Essa dupla função dos governos autoritários é conhecida, mas até hoje pouco exploramos sobre essa segunda intenção, que pretendemos desvendar em linhas gerais neste trabalho, enfocando os aspectos mais relevantes dos projetos de refundação do Brasil, do Chile e da Argentina. .A última da ditadura instituída em 1976. Com isto pretendemos mostrar as ditaduras como acontecimentos estruturais e não meras conjunturas, que produziram resultados que tiveram um impacto profundo, embora não de forma homogénea, e ainda fazem sentir as suas consequências, tendo-se remodelado nossas sociedades em maior medida, ou menos, de acordo com os casos nacionais.

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Biografia do Autor

Hernán Ramírez, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Doutor em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

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Publicado

22-11-2015

Como Citar

RAMÍREZ, Hernán. Reflexões sobre as ditaduras do Cone Sul como projetos de refundação. Antíteses, [S. l.], v. 8, n. 15esp, p. 132–159, 2015. DOI: 10.5433/1984-3356.2015v8n15espp132. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/21045. Acesso em: 28 dez. 2024.