“Teatro Nacional”: a construção de uma ideia no século XIX

Autores

  • Raquel Barroso Silva Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2013v6n12p436

Palavras-chave:

Século XIX, Rio de Janeiro, Teatro nacional, Homens de letras

Resumo

O presente artigo pretende analisar a construção da ideia de “teatro nacional” forjada pelos homens de letras da Corte nas primeiras décadas imperiais e que foi usada como parâmetro para medir a qualidade e/ou originalidade das peças que ocupavam os palcos brasileiros nas décadas de 1870 a 1890. A finalidade é compreender os parâmetros utilizados pelos críticos do teatro ligeiro ou alegre, muito atuantes a partir da chegada do gênero no Brasil, que receberam a propagação do mesmo como a ruína do “teatro nacional”. Além de identificar um alargamento no significado do termo ao longo do tempo, foi possível perceber que os diferentes tipos de sujeitos envolvidos no mundo teatral do período se apropriaram do mesmo, dando a ele significados próprios.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raquel Barroso Silva, Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF

Doutoranda em História da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Referências

AMIGOS da verdade. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, n. 15, 18 mar. 1835. p. 7.

BASILE, Marcello. Revolta e cidadania na Corte Regencial. Tempo, Niterói, v. 11, n. 22, p. 31-57, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1413-77042007000100003. Acesso em: jul. 2013.

CÂNDIDO, Antônio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos 1750 a 1880. 13. ed. São Paulo: Ouro Sobre Azul, 2012.

CANO, Jefferson. O fardo dos homens de letras: o orbe literário e a construção do império brasileiro. 2001. Tese (Doutorado em História) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Unicamp, Campinas, 2001. Disponivel em: https://repositorio.unicamp.br/Busca/Download?codigoArquivo=495062. Acesso em: janeiro de 2011.

CENTRO TÉCNICO DE ARTES CÊNICAS. Teatros do centro histórico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.ctac.gov.br/ centrohistorico/TeatroXPeriodo.asp?cod=51&cdP=18. Acesso em: junho de 2013.

CHIARAMONTE, José Carlos. Metamorfoses do conceito de nação durame os séculos XVII e XVIII. In: JANCSÓ, Istvan (Org.). Brasil: formação do estado e da nação. São Paulo: Hucitec, 2003.

FARIA, João Roberto. Idéias teatrais: o século XIX no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 2001.

FARIA, João Roberto. O teatro realista no Brasil: 1855-1865. São Paulo: Perspectiva, 1993.

FARIA, João Roberto. José de Alencar e o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1987.

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Biblioteca Nacional Digital Brasil. Hemeroreca digital brasileira. Disponível em: http://memoria.bn.br/hdb/periodico.aspx Acesso em: 7 maio 2013.

GUIMARÃES, Manoel Luís Salgado. Nação e civilização nos trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 1, p. 5-27, 1988.

GUINSBURG, Jacob; FARIA, João Roberto; LIMA, Mariângela Alves (Org.). Dicionário do teatro brasileiro: temas formas e conceitos. São Paulo: Perspectiva, 2006.

JAROUCHE, Mamede Mustafa. Introdução: galhofa sem melancolia: as memorias num mundo de luzias e saquaremas. In: ALMEIDA, Manuel Antônio. Memórias de um sargento de milícias. 3. ed. São Paulo: Ateliê, 2007. p. 16.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.

LOPES, Antônio Herculano. O teatro de Alencar e a imaginação da sociedade brasileira. Perspectivas, São Paulo, v. 37, p. 87-111, jan./jun. 2010.

MAGALDI, Sábato. Panorama do teatro brasileiro. 3. ed. São Paulo: Global, 1997.

MENCARELLI, Fernando Antônio. Cena aberta: a absolvição de um bilontra e o teatro de revista de Arthur Azevedo. Campinas: Ed. UNICAMP, 1999.

MOREL, Marco. Revoluciones y libras: el comercio político de la cultura en el imperio de Brasil. lstor, ano 2, n. 9, 2002. Disponível em: http://www.istor.cide.edu/archivos/num_ 9/dossier1.pdf. Acesso em: jul. 2013.

NEVES, Larissa de Oliveira; LEVIN, Orna Messer (Org.). O theatro: crônicas de Arthur Azevedo (1894-1908). Campinas: Editora da UNICAMP, 2009.

O BRASILEIRO philodramatico: os theatros e a literatura dramatica nacional I. O Despertador, Rio de Janeiro n. 1117, 26 set. 1841.

O ESPELHO Diamantino, Rio de Janeiro: prospecto, 1827. p. 3.

PÁGINAS menores. Correio Mercantil, Rio de Janeiro, n. 353, p. 1, 27 dez. 1850.

PRADO, D. A. História concisa do teatro brasileiro: 1570-1908. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1999.

SANTOS, Joaquim Heleodoro. França Junior e o teatro: parte não editorial. A Reforma, Rio de Janeiro, n. 98, 1871.

SILVA, Ermínia. Circo-teatro: Benjamim de Oliveira e a teatralidade no Brasil. São Paulo: Altana, 2007.

SOUZA, Silvia Cristina Martins. As noites do ginasio: teatro e tensões culturais na Corte (1832-1868). Campinas: UNICAMP, 2002.

TEATRO literatura e imprensa na virada do século: homenagem a Arthur Azevedo. Remate de Males, Campinas, v. 28, n. 1, jan./jun. 2008.

THEATRINHO da rua dos Arcos. A Aurora Fluminense, Rio de Janeiro, n. 19, p. 2, 22 fev. 1828.

THEATRO. O espelho diamantino. Rio de Janeiro, n. 2, p. 28-31, out. 1827.

POLÍTICA. O Espelho Diamantino, Rio de Janeiro, n. 3, 15 out. 1827. Capa.

AO REDACTOR A Aurora Fluminense, Rio de Janeiro, n. 2, p. 4, 4 maio 1838.

Downloads

Publicado

04-12-2013

Como Citar

SILVA, Raquel Barroso. “Teatro Nacional”: a construção de uma ideia no século XIX. Antíteses, [S. l.], v. 6, n. 12, p. 436–455, 2013. DOI: 10.5433/1984-3356.2013v6n12p436. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/15919. Acesso em: 3 dez. 2024.