CENTENÁRIOS REPRESENTATIVOS DA GUERRA DO CONTESTADO: GEOGRAFIZA(N)DO E REPRESENTA(N)DO POR MEIO DAS AQUARELAS DA ARTISTA PLÁSTICA MÁRCIA ELIZABETE SCHÜLER.

Authors

  • Vanessa Maria Ludka Universidade Estadual do Norte do Paraná Universidade Federal do Paraná
  • Alcimara Aparecida Foetsch UNESPAR
  • Nilson Cesar Fraga UEL

DOI:

https://doi.org/10.5433/got.2017.v3.31770

Abstract

Várias são as abordagens acerca da Guerra do Contestado: econômicas, políticas, sociais, culturais, históricas, artísticas, cada qual com sua visão e inegável contribuição. Com objetivo de analisar a Guerra do Contestado pelo viés artístico, utilizou-se as aquarelas da artista Márcia Elizabete Schüler e as contribuições de Serge Moscovici, construindo uma análise da representação social, quando muitos elementos essenciais carregam acerca da região do Contestado. Para tanto, inicia-se a discussão situando a leitura quanto à região geográfica do Contestado e o contexto social da época, ressaltando que o texto apresenta um panorama geral das raízes da guerra de forma sucinta, entretanto suficiente, dada a ampla relação espaço, tempo e conflito. São apresentadas as bases da Representação Social proposta por Moscovici destacando seus princípios metodológicos, a importância da comunicação, os papéis dessa representação e a construção do conhecimento que paira sobre os universos reificado e consensual. O intuito é perceber a maneira com que as Representações Sociais permitem compreender e explicar a realidade além de formarem condutas e orientarem as comunicações sociais. Dessa forma, mesclam-se as contribuições teóricas de Moscovici a uma representação do Contestado por meio de aquarelas objetivando construir uma cronologia dos principais fatos do conflito e destacar uma das numerosas formas de se representar a significância desta região para a formação territorial sul-brasileira.

Downloads

Download data is not yet available.

References

AFONSO, Eduardo José. O Contestado. São Paulo: Ática, 1994.

AVÉ-LALLEMANT, Robert. Viagens pelas províncias de Santa Catarina, Paraná e São Paulo (1858). Tradução de Teodoro Cabral. Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1980.

BENJAMIM, W. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994.

CABRAL, Oswaldo R. João Maria – Interpretação da Campanha do Contestado. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1960.

FRAGA, N. C. Vale da Morte: o Contestado visto e sentido. Entre a cruz de Santa Catarina e a espada do Paraná. Blumenau: Ed. Hemisfério Sul, 2010.

FRAGA, N. C. Contestado, o território silenciado. Florianópolis: Insular, 2009.

FRAGA, N. C.; LUDKA, V. M. 100 anos da Guerra do Contestado no Paraná: Silêncio, Invisibilidade e Indiferença Secular. In Cem anos do Contestado no Paraná, 1912-1916. Secretaria de Estado de Educação. Coordenação de Estudos e Pesquisas Educacionais. Curitiba: SEED/PR, 2012.

GALEANO, E. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 22 ed., 1986.

HAESBAERT, Rogério. Concepções de território para entender a desterritorialização. In: SANTOS, M. [et al.]. Território, territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. 3. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.

MACHADO, Paulo Pinheiro. Lideranças do Contestado: a formação e a atuação das chefias caboclas (1912-1916). Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2004.

MOSCOVICI. Serge. Representações sociais: investigações em Psicologia Social. Rio de Janeiro, Vozes, 2003. 404 páginas (trad. Pedrinho A. Guareschi, a partir do original em língua inglesa Social representations: explorations in social psychology [Gerard Duveen (ed.), Nova York, Polity Press/Blackwell Publishers, 2000]).

OLIVEIRA, Beneval de. Planaltos de frio e lama. Os fanáticos do contestado: o meio, o homem, a guerra: ensaio de história. Florianópolis: FCC, 1985.

PEIXOTO, D. Campanha do Contestado – I: Raízes da Rebeldia. Curitiba: Fundação Cultural, 1995. (Farol do Saber).

SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem á Provincia de Santa Catharina (1820). Traducção e Prefacio de Carlos da Costa Pereira. Bibliotheca Pedagogica Brasileira. Série 5ª. Brasiliana. Vol. 58. Companhia Editora Nacional: São Paulo, 1936.

THOMÉ, Nilson. Sangue, Suor e Lágrimas no Chão Contestado. Caçador: UnC, 1992.

THOMÉ, Nilson. A Política no Contestado: do curral da fazenda ao pátio da fábrica. Caçador: Universidade do Contestado, 2002.

TONON, Eloy. Os monges do Contestado – permanências, predições e rituais no imaginário. União da Vitória: Editora Kaygangue, 2010.

VINHAS DE QUEIRÓS, Maurício. Messianismo e conflito social. 2. Ed. São Paulo: Ática, 1977.

Published

2017-12-21

How to Cite

Ludka, V. M., Foetsch, A. A., & Fraga, N. C. (2017). CENTENÁRIOS REPRESENTATIVOS DA GUERRA DO CONTESTADO: GEOGRAFIZA(N)DO E REPRESENTA(N)DO POR MEIO DAS AQUARELAS DA ARTISTA PLÁSTICA MÁRCIA ELIZABETE SCHÜLER. Geographia Opportuno Tempore, 3(3), 92–120. https://doi.org/10.5433/got.2017.v3.31770