Reflexões sobre a velhice e a morte em As intermitências da morte, de José Saramago

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2020v39p48

Palavras-chave:

Velhice, Morte, José Saramago

Resumo

Em As intermitências da morte (2005), José Saramago nos convida a refletir sobre as consequências de uma vida sem a morte. Esse desejo antigo dos seres humanos é posto em perigo, ao vislumbrarmos o caos ocasionado pela greve de uma morte que reivindica a sua importância na vida dos homens. Com base na primeira intermitência dessa morte-personagem, propomos uma reflexão sobre o tema da morte e da velhice, de modo a compreender como se dá o seu distanciamento das preocupações cotidianas na contemporaneidade. Nesse processo, observamos a interdição da morte ocasionada pela intensa medicalização da vida e por um movimento de setores mercadológicos que se ocuparam da tarefa de lidar com um fato tão assustador. Nas reflexões ora propostas, reconhecemos que o romance de Saramago parte do insólito desaparecimento da morte para transcender a realidade, atuando de forma a extrapolar a ordem natural da existência, algo que nos leva à reflexão, impelindo-nos a pensar mais na nossa finitude, para, por fim, compreender o seu afastamento, que reflete muito mais o nosso medo e incapacidade diante da morte.

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Biografia do Autor

Carolina de Aquino Gomes, Universidade Federal do Piauí

Professora da Universidade Federal do Piauí.

Ana Marcia Alves Siqueira, Universidade Federal do Ceará

Professora da Universidade Federal do Ceará.

Referências

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Publicado

11-12-2020

Como Citar

Gomes, Carolina de Aquino, e Ana Marcia Alves Siqueira. “Reflexões Sobre a Velhice E a Morte Em As Intermitências Da Morte, De José Saramago”. Terra Roxa E Outras Terras: Revista De Estudos Literários, vol. 39, dezembro de 2020, p. 48-59, doi:10.5433/1678-2054.2020v39p48.