Institucionalidades do sistema de proteção social em linhas de frontera: experiência metodológica e resultados obtidos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-4842.2018v21n1p263Palavras-chave:
Cidadania, MERCOSUL, Fronteiras, Proteção Social, Metodologia-avaliação.Resumo
Este texto apresenta o processo metodológico e os principais resultados de uma avaliação realizada para o Instituto Social do MERCOSUL (ISM) sobre os sistemas de proteção social em seis pares de cidades-gêmeas situadas nas fronteiras dos países do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Com este intuito foram resgatadas informações sobre os dispositivos jurídicos e político-administrativos do MERCOSUL e Estados Parte, serviços, ações programáticas e demandas locais abrangendo os setores saúde, previdência social, educação e assistência social, cujos indicadores impactam negativamente as áreas de fronteiras internacionais do MERCOSUL. Em termos metodológicos utilizou-se a abordagem construída pela Comissão Econômica para América Latina e o Caribe para avaliar a institucionalidade das políticas sociais, a qual assinala quatro dimensões que concretiam o nível de cidadania em espaços regionais, nacionais e locais – a jurídico-normativa, organizacional, técnico-operativa e fiscal. Os resultados apontam em relação à dimensão jurídico-administrativa a lentidão na concretização das normativas e de acordos bilaterais entre os Estados Parte. Sobre a dimensão orgânico-ministerial destaca-se a forma distinta de organização pública nacional na proteção social nos países do bloco. Na dimensão substantiva as controvérsias em relação aos critérios de acesso de nacionais e não nacionais aos serviços no campo da saúde e proteção social foram frequentes, o que sinaliza para a divergência entre os gestores quanto ao grau de universalidade a ser obtido. Conclui-se que a abordagem metodológica utilizada favoreceu a construção do diagnóstico proposto favorecendo a elaboração de um plano de ação para superar os desafios identificados.Downloads
Referências
ALUM, J. N. M.; BEJARANO, M. S. C. Sistema de Salud de Paraguay. Revista Salud Pública Paraguay, Paraguay, v. 1, n. 1, p. 13-25, 2011. Disponível em: <http://www.ins.gov.py/revistas/index.php/rspp/article/view/20/19>. Acesso em: 12 maio 2018
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social. Brasília: MDS, 2004.
CEPAL. Institucionalidad social para América Latina y el Caribe. 2017. Disponível em: <https://dds.cepal.org/bdips/>. Acesso em: 12 maio 2018.
COSTA, V. L. C.; SILVA, P. L. B.; BIASOTO, G. (Org.). Efetividade das políticas de saúde: experiências bem-sucedidas na América Latina. São Paulo: Biruta, 2008.
DI GIOVANNI, G.; NOGUEIRA, M. A. Dicionário de políticas públicas. 2. ed. São Paulo: UNESP/FUNDAP, 2015.
GLINOS, I. A. Cross-border collaboration. In: WISNAR, M. et al. Cross-borderhealth care in the European Union. World Health Organization/European Obsevatory on Health System and Policy. 2011. Disponível em: <http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0004/135994/e94875.pdf>. Acesso em: 12 maio 2018.
JIMÉNEZ, R. P.; NOGUEIRA, M. R. N. A construção dos direitos sociais e os sistemas sanitários: os desafios das fronteiras. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 12, n. 1, p. 50-58, 2009.
LUCERO, M. F. Trabajo, pobreza y selectividad: una comparación de los diseños de intervencion del planjefas y jefes de hogary la asignacion univesal por hijo. In. LIBRO DE ACTA DEL VI CONGRESO RED ESPAÑOLA DE POLITICAS SOCIALES. Pactar el futuro: debates para un nuevo consenso en torno al bienestar. Sevilha, Universidad Pablo de Olavide, 2017. p. 648.
MARTÍNEZ, R.; VALERA, C. M. Institucionalidad y desarrollo social. In: MARTÍNEZ, R. (Ed.). Institucionalidad social en América Latina y el Caribe. Libros de la CEPAL, n. 146 (LC/PUB.2017/14-P/-*). Santiago, Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL). 2017.
MARTÍNEZ, R. (Ed.). Institucionalidad social en América Latina y el Caribe. Libros de la CEPAL, n. 146 (LC/PUB.2017/14-P/-*). Santiago, Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL), 2017.
DESIDERÁ NETO, W. A.; PENHA, B. As Regiões de fronteira como laboratório da integração regional no Mercosul. Boletim de Economia e Política Internacional, Brasília, n. 22, p. 33-49, jan./abr. 2016. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/boletim_internacional/160628_boletim_internacional_22_art03.pdf>. Acesso em: jul 2018.
NOGUEIRA, V. M. R.; GIMÉNEZ, R. P.; FAGUNDES, H. S. Ampliando o Direito à Saúde: experiências de cooperação entre sistemas e/ou serviços de saúde em linhas de fronteira. Argumentum, Vitória (ES), v. 4, n.2, p. 48- 58, jul./dez. 2012.
NOGUEIRA, V. M. R. A implementação do Programa SIS Fronteiras e do Pacto pela saúde: perspectivas para a ampliação do direito à saúde aos usuários estrangeiros na fronteira Arco Sul. [S.l.], 2011. Relatório de Pesquisa.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As provas finais não serão encaminhadas aos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Serviço Social em Revista, ficando sua reimpressão total ou parcial sujeita a autorização expressa da revista. Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação, no caso a Serviço Social em Revista. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.