Femicide in Brazil:
um debate in the light of intersectionality
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-4842.2023v26n2p570Keywords:
Feminicídio, Mulheres, InterseccionalidadeAbstract
This article aims to broaden the understanding of femicide in Brazil through a detailed analysis of its conceptual, legal and social aspects. The study promotes a dense bibliographic review on the subject, arising from bibliographical and documental research, whose theoretical bases are intertwined with the categories gender, patriarchy and intersectionality. The study demonstrates the importance of analyzing the theme from a perspective of totality and from the intersectional approach, as a way of apprehending the structures and systems of oppression that engender the practice of feminicide in the country. In Brazil, there is a tendency for a specific type of race/ethnicity/skin color to die/be murdered, according to the 2022 Brazilian Yearbook of Public Security, 62% of those murdered by feminicide are black women. The prevalence of these deaths signals the failure of public institutions to protect women who suffer most. The article intends, in the light of intersectionality, to contribute to the construction of a more realistic feminist knowledge about femicide in Brazil and to support the debate around more effective public policies, based on the dimensions of race/ethnicity, gender and sexual orientation.
Downloads
References
AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo, SP: Pólen, 2019.
ALMEIDA, S. Femicídio: algemas (in)visíveis do público-privado. Rio de Janeiro: Revinter, 1998.
ATLAS DA VIOLÊNCIA 2020. Organizado por Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Coordenado por Daniel Ricardo de Castro Cerqueira e outros. Brasília: Rio de Janeiro; São Paulo: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2020.
BARBOSA, B.R.N. Vida e morte (in)visíveis: notas sobre o feminicídio e sua aplicabilidade para mulheres transexuais e travestis. Alethes. Periódico Científico dos Graduandos em Direito da UFJF, v. 05, n. 09, pp. 161-172, 2015.
BARSTED, L.L. Lei e realidade social: igualdade x desigualdade. In: As mulheres e os direitos humanos. Coletânea Traduzindo a Legislação com a perspectiva de gênero. Rio de Janeiro: Cepia, 2001.
BECCARIA, C. Dos Delitos e das Penas. São Paulo: Martin Claret, 2001.
BORDO, S. A feminista como o outro. Estudos Feministas, v. 8, n. 1, p. 11-29, 2000.
BOURDIEU, P. A Dominação Masculina. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
BRASIL. Lei 13. 104 de 7 de agosto de 2006. Brasília: Diário Oficial da União, 2015.
______. Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Brasília: Senado Federal, 2013.
BUTLER, J. Corpos em aliança e a política das ruas. Notas para uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2018.
CARCEDO, A.C; SAGOT, M.R. Femicídio en Costa Rica: balance mortal. Medicina Legal de Costa Rica, Heredia, v. 19, n. 1, p. 05-16. Disponível em:
https://www.scielo.sa.cr/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1409-00152002000100002 Acesso em: 30 jun. 2022.
CAMPOS, C.H. Feminicídio no Brasil: uma análise crítico-feminista. Revista Eletrônica da Faculdade de Direito. Sistema Penal & Violência. Violência, Crime e Segurança Pública. Porto Alegre, v. 7, n. 1, p. 103-115, jan-jun, 2015. DOI: https://doi.org/10.15448/2177-6784.2015.1.20275
CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
CERQUEIRA, D. Atlas da Violência 2021. São Paulo: FBSP, 2021.
COLLINS, P.H. Aprendendo com a outsider within*: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100006
EURICO, M. C. A luta contra as explorações/opressões, o debate étnico-racial e o trabalho do assistente social. Serviço Social & Sociedade, p. 515-529, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0101-6628.157
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA – FBSP. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Edição 2021. São Paulo, 2021. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/07/anuario-2021-completo-v6-bx.pdf Acesso em: 20 de set. 2022.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA – FBSP. Violência contra as mulheres em 2021. Edição 2022. São Paulo, 2021. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/03/violencia-contra-mulher-2021-v5.pdf. Acesso em: 10 de set. 2022.
GOMES, I.S. Feminicídios: um longo debate. Revista Estudos Feministas, v. 26, n. 2, 11 jun. 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2018v26n239651
INEGI. Instituto Nacional de Estadística y Geografía. Mujeres y hombres en México 2015. México: INEGI, 2015. Disponível em:
http://cedoc.inmujeres.gob.mx/documentos_download/101256.pdf. Acesso em: 10 nov. 2022.
LAGARDE, M. Antropología, feminismo y política: Violencia feminicida y derechos humanos de las mujeres. In: BULLEN, M.; DÍEZ, C. (coords.) Retos Teóricos e nuevas prácticas. Serie, XI CONGRESSO DE ANTROPOLOGIA DE LA FAAEE, Donostia, Ankulegi Antropologia Elkartea, 2008.
LEOPOLDI, D. Do silêncio ao grito contra a impunidade: O caso Márcia Leopoldi. São Paulo: União das Mulheres de São Paulo, 2007.
LODETTI, A.S et al. A vida psíquica do homem e a morte de mulheres. Psicologia & Sociedade. 2018, v. 30. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30161068
https://www.scielo.br/j/psoc/a/J79FdWdbwC3mPYvrKCy3nWN/abstract/?lang=pt# Acesso em: 10 de out. 2022.
MADEIRA, Z; GOMES, D. Persistentes desigualdades raciais e resistências negras no Brasil Contemporâneo. Serviço Social e Sociedade, n. 133, p. 463-479, set./dez. 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0101-6628.154
MBEMBÉ, A. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: 2016.
MENEGHEL, S; PORTELLA, A.P. Feminicídios: conceitos, tipos e cenários. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, n. 9, p. 3077-3086, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232017229.11412017
MOTTA, D. Desvendando Heleieth Saffioti. Revista Lutas Sociais, São Paulo, v. 22, n. 40, p.149-160, 2018. DOI: https://doi.org/10.23925/ls.v22i40.46662
MUNANGA, K. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. 5. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
PASINATO, W. Femicídios e as mortes de mulheres no Brasil. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 37, p. 219–246, 2011. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-83332011000200008
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8645012. Acesso em: 24 set. 2022.
______________________. Lei Maria da Penha Novas abordagens sobre velhas propostas. Onde avançamos? Civitas: revista de Ciências Sociais, [S. l.], v. 10, n. 2, p. 216–232, 2010. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/view/6484 Acesso em: 12 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2010.2.6484
PIMENTEL, S. et al. Legítima defesa da honra. Ilegítima impunidade de assassinos. Um estudo crítico da legislação e jurisprudência da América Latina. In: Corrêa, M.; Souza, E. R. (Orgs.). Vida em família: uma perspectiva comparativa sobre crimes de honra (p. 65-134). Campinas, SP: Unicamp, 2006.
ROMIO, J.A. Feminicídios no Brasil, uma proposta de análise com dados do setor de saúde. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP, 2017.
RUSSEL, D.; RADFORD, J. Femicidio: la política de matar mujeres. Nueva York: Twayne, 1992.
RUSSEL, D; CAPUTI, J. Femicide: the politics of women killing. New York: Twayne Publisher; 1992.
SAFFIOTI, H. Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Expressão Popular/ Fundação Perseu Abramo, 2015.
SEGATO, R.L. Patriarchy from Margin to Center: Discipline, Territoriality, and Cruelty in the Apocalyptic Phase of Capital. South Atlantic Quarterly, v. 115, n. 3, p. 615-624, 12 jul. 2016. DOI: https://doi.org/10.1215/00382876-3608675
Silveira, J. I et al., Colonialidade e decolonialidade na crítica ao racismo e às violações: para refletir sobre os desafios educação em direitos humanos. Educar em Revista, Curitiba, v. 37, p.1-19, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.71306
VILLA, E. O silêncio murado do assassinato de mulheres: a nomeação do feminicídio no campo da linguagem jurídica. 2020. Tese (Doutorado em Direito) - Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento, Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2020.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Serviço Social em Revista

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As provas finais não serão encaminhadas aos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Serviço Social em Revista, ficando sua reimpressão total ou parcial sujeita a autorização expressa da revista. Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação, no caso a Serviço Social em Revista. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.