Family care of users with cancer in the face of the Brazilian’s State counter-reform
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-4842.2020v23n1p59Keywords:
Family. Social politics. State. Family careAbstract
Since 1990, with the neoliberal ideological rise in Brazil, there has been a dismantling of the social rights conquered in the Federal Constitution of 1988. Denominated as a counter-reform of the State, the neoliberalism marked for the working class, mainly with the intensification of work, fragmentation and focusing on social policies for a specific group and damage to the development of the population's full health. The family, as the privileged space of social policies, directly suffers the impacts of this process. Observing this context, the present article analyzes the reality of families that perform care for their members aggravated by chronic oncological diseases in the stage of Palliative Care, to understand the repercussions of the counter-reform situation of the Brazilian State to these families. A study was carried out with qualitative techniques of field interview, direct observation and bibliographic research to reach the proposed objective. Four family members of users attended by the Home Service of a Reference Hospital in the city of Recife, Pernambuco, were interviewed. The study elucidates the feminization of family care and the absence of social policies for caregivers, demonstrating a lack of care for caregivers.References
BEHRING, Elaine Rosseti, BOSCHETTI, Ivanete. Política social: fundamentos e história. Coleção Básica. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
BEHRING, Elaine Rosseti. Brasil em contra-reforma: desestruturação do Estado e perda de direitos. São Paulo: Cortez, 2003.
BRANCO, Rodrigo Castelo. O novo-desenvolvimentismo e a decadência ideológica do estruturalismo latino-americano. Oikos, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, 2009.
BRASIL. Lei n° 8080/90, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm. Acesso em:8 maio 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Morbidade Hospitalar do SUS: por local de residência – Pernambuco (Óbito segundo município – Capitulo CID-10: II. Neoplasias (tumores)). Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/nrpe.def. Acesso em: 12 abr. 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Clínica ampliada e compartilhada. Brasília: Ministério da saúde, 2009.
BRASIL. Portaria nº 483, de 1º de abril de 2014. Redefine a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece diretrizes para a organização das suas linhas de cuidado. Brasília: MS, 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0483_01_04_2014.html. Acesso em: 12 abr. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL –CFESS. Parâmetros para a atuação de Assistentes Sociais na saúde. Brasília: CFESS, 2010. (Série: Trabalho e Projeto Profissional Nas Políticas Sociais).
CORREIA, Maria Valeria Costa. A saúde no contexto da crise contemporânea do capital: o Banco Mundial e as tendências da contra-reforma na política de saúde brasileira. Temporalis, Recife, n. 13, 2007.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. Questão social, família e juventude: desafios do trabalho do assistente social na área sociojurídica. In: SALES, Apolinario; MATOS, Maurílio Castro de; LEAL, Maria Cristina (org.). Política social, família e juventude: uma questão de direitos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
IBGE. Países: Brasil - População. Disponível em: http://paises.ibge.gov.br/#/pt/pais/brasil/info/populacao. Acesso em: 12 abr. 2017.
INCA- INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Sobre a instituição. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/sobreinca/site/oinstituto. Acesso em: 2 maio 2016.
LÖWY, Michael. Da tragédia a farsa: o golpe de 2016 no Brasil. In: SINGER, André et al. Porque gritamos golpe? Para entender o impeachment e a crise política no Brasil. São Paulo: Bom Tempo, 2016. Parte 2.
MATSUMOTO, Dalva Yukie. Cuidados paliativos: conceito, fundamentos e princípios. In: CARVALHO, R. T.; PARSONS, H. A. (org.). Manual de cuidados paliativos ANCP: ampliado e atualizado. 2. ed. Rio de Janeiro: Academia Nacional de Cuidados Paliativos, 2012. p. 23-30.
MIOTO, Regina Célia Tamaso. Novas propostas e velhos princípios: a assistência às famílias no contexto de programas de orientação e apoio sociofamiliar. In: SALES, Apolinario; MATOS, Maurílio Castro de; LEAL, Maria Cristina (org.). Política social, família e juventude: uma questão de direitos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2004.
MONTAÑO, Carlos, DURIGHETTO, Maria Lúcia. Estado, classe e movimento social. SP: Cortez, 2010.
MOSER, Liliane; DAL PRÁ, Keli Regina. Os desafios de conciliar trabalho, família e cuidados: evidências do “familismo” nas políticas sociais brasileiras. Textos & Contextos, Porto Alegre, v. 15, n. 2, p. 382-392, ago./dez. 2016.
MOTA, Ana Elizabete; AMARAL, Angela Santana do. Reestruturação do capital, fragmentação do trabalho e Serviço Social. In: MOTA, Ana Elizabeth (org.). A nova fábrica de consensos: ensaios sobre a reestruturação produtiva empresarial, o trabalho e as demandas ao serviço social. São Paulo: Cortez, 1998.
NARVAZ, Martha Giudice; KOLLER, Sílvia Helena. Famílias e patriarcado: da prescrição normativa a subversão normativa. Psicologia e Sociedade, v. 1, n. 18, jan./abr. 2006.
NETTO, José Paulo. Crise do capital e consequências societárias. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n. 111, p. 413-429, jul./set. 2012.
PAULANI, Leda Maria. Uma ponte para o abismo. In: SINGER, André et al. Porque gritamos golpe? Para entender o impeachment e a crise política no Brasil. São Paulo: Bom Tempo, 2016. Parte 2.
SOARES, Raquel Cavalcante. Governo Temer e contrarreforma na política de saúde: a inviabilização do SUS. Revista Argum, Vitória, v. 10, n. 1, p. 24-000, jan./abr. 2018.
TEIXEIRA, Luiz Antonio; PORTO, Marco; HABIB, Paula Arantes Botelho Briglia. Políticas públicas de controle de câncer no Brasil: elementos de uma trajetória. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 375-380, 2012.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As provas finais não serão encaminhadas aos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Serviço Social em Revista, ficando sua reimpressão total ou parcial sujeita a autorização expressa da revista. Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação, no caso a Serv iço Social em Revista. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.