Atuação do NAPI Alimento e Território por meio da Pesquisa-ação na Comunidade Agroflorestal José Lutzenberger em Antonina/PR

Cíntia Virginia de Campos; Aline Lima Gomes; Paulo Rogério Lopes

doi:10.5433/1679-4842.2024v27n2p273

Autores

Cíntia Virginia de Campos Universidade Federal do Paraná https://orcid.org/0009-0006-8622-0216
Aline Lima Gomes Universidade Federal do Paraná https://orcid.org/0000-0002-2643-1533
Paulo Rogério Lopes Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-4842.2024v27n2p273

Palavras-chave:

Metodologia participativa, Agroindústria, Agrofloresta, atores locais, ações coletivas

Resumo

Este estudo faz parte do programa de Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação - NAPI Alimento e Território, tendo como território-alvo a Comunidade Agroflorestal José Lutzenberger, localizada no município de Antonina, Litoral do Paraná. Tem como objetivo compreender como a pesquisa-ação, realizada na Comunidade, pode contribuir para o fortalecimento do coletivo nas ações voltadas à reestruturação da Agroindústria presente no território. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação através de rodas de conversa, reuniões, entrevistas semiestruturadas e oficinas temáticas. Houve a participação efetiva e coletiva das famílias assentadas em todos os processos, desde a identificação do problema até a elaboração de estratégias para sua resolução de forma horizontal, gerando produção e troca de conhecimentos e saberes. Do início das ações, em setembro de 2023, até o presente momento, foi possível identificar maior adesão e fortalecimento das ações coletivas direcionadas à Agroindústria, bem como a conscientização sobre a sua importância para o desenvolvimento sustentável.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cíntia Virginia de Campos, Universidade Federal do Paraná

Graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e graduação em Filosofia pela Universidade Federal de São João Del-Rei. Graduanda em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Paraná.

Aline Lima Gomes, Universidade Federal do Paraná

Mestre em Agronomia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e cursando o doutorado no programa de pós-graduação em Meio ambiente e desenvolvimento na Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Paulo Rogério Lopes, Universidade Federal do Paraná

Pós-Doutor em Recursos Florestais pela ESALQ-USP. Doutor em Ciências pela USP (ESALQ). Professor da Universidade Federal do Paraná, atualmente é coordenador do curso de Agroecologia da UFPR Litoral. Atua como professor pesquisador no Programa de pós graduação em Biossistemas da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), no programa de pós graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável (PPGDTs - UFPR Litoral) e na pós graduação em Alternativas para uma Nova Educação (ANE - UFPR).

Referências

ALBARELLO, E. P.; ALBERTO JUNIOR, C.; DEPONTI, C. M. Ativação territorial das agroindústrias rurais familiares na região do Alto Médio Uruguai. Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional, Blumenau, v. 7, n. 3, p. 143-170, 2019. DOI: https://doi.org/10.7867/2317-5443.2019v7n3p143-170

ALMEIDA, L. S.; LOPES, P. R.; COSTA, R. B. M. L. Assentamento agroecológico agroflorestal José Lutzenberger: uma referência para o desenvolvimento sustentável no litoral do PR. In: NOGUEIRA, C.; ABRAHÃO, C. M. S.; LOPES, P. R. (ed.). Litoral do Paraná: território e perspectivas: diálogos sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Cruz Alta: Ilustração, 2023. p. 114. DOI: https://doi.org/10.46550/978-65-85614-18-4.114-134

BOUCHER, François.; GONZÁLEZ Juan. Antonio. R. Guía metodológica para la Activación Territorial con enfoque de Sistemas Agroalimentarios Localizados. México/DF: IICA; CIRAD, 2013.

BRASIL. Instrução Normativa Ministério do Meio Ambiente nº 03 de 08 de Setembro de 2009. Dos procedimentos técnicos para a utilização da vegetação da RL sob regime de manejo florestal sustentável. Diário Oficial da República Federativa do Brasil Poder Executivo, Brasília, DF: 09 de Set. Seção I. n. 172, 2009a. p. 64-65.

CARRIÈRE, J. P.; CAZELLA, A. A. Abordagem introdutória ao conceito de desenvolvimento territorial. Eisforia, Florianópolis, v. 4, p. 23-47, dez. 2003. Disponível em: https://lemate.paginas.ufsc.br/files/2015/03/revista_eisforia_n4.pdf. Acesso em:

DENARDIN, V. F.; SULZBACH, M. T. Ativação de recursos territoriais: processos de desenvolvimento no espaço rural. In: CURY, M. J. F.; SAQUET, M. A. (ed.). Territórios e territorialidades: a práxis na construção do desenvolvimento. Cascavél: Edunioeste, 2019. p. 67-82.

DENARDIN, V. F.; SULZBACH, M. T. Produtos com identidade territorial: o caso da farinha de mandioca no litoral paranaense. In: SAQUET, M. A.; SANTOS, R. A. Geografia agrária, território e desenvolvimento. São Paulo: Expressão Popular, 2010. p. 219-236.

DIEGUES, A. C. S. Enciclopédia caiçara: o olhar do pesquisador. São Paulo: HUCITEC; USP, 2004.

DIONNE, H. A pesquisa-ação para o desenvolvimento local. Tradução de Michel Thiollent. Brasília, DF: Liber Livro, 2007.

FRANCO, M. A. S. Pedagogia da pesquisa-ação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 483-502, dez. 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000300011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000300011

FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA. Boletim informativo n. 1: NAPI alimento e território. Curitiba: Fundação Araucária, 2023. Disponível em: https://www.iaraucaria.pr.gov.br/wp-content/uploads/2023/04/NAPI_Alimento_Territorio_noticia_03.pdf. Acesso em: 14 dez. 2023.

FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA. Nota técnica n. 01/2019. Novos arranjos de pesquisa e inovação – NAPI. Curitiba: Fundação Araucária, 2019.

Marques, V. S.; Croda, J. P.; Iunes, C. S.; Coimbra, G. B.; Rabello, F. V. F. C.; Moura, C. F. (2024). Coletivo Agroecologia Paraopeba: trocando saberes nos territórios Sem Terra em Minas Gerais. Cadernos de Agroecologia - Anais do XII Congresso Brasileiro de Agroecologia, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - v. 19, n. 1 (no prelo).

MIOR, L. C. Agricultura familiar, agroindústria e redes no desenvolvimento rural. Chapecó: Argos, 2005.

MORIN, A. Pesquisa-ação integral e sistêmica: uma antropopedagogia renovada. Tradução de Michel Thiollent. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

PECQUEUR, B. O desenvolvimento territorial: uma nova abordagem dos processos de desenvolvimento para as economias do sul. Raízes, Florianópolis, v. 24, n. 1-2, p. 10-22, jun. 2005. DOI: https://doi.org/10.37370/raizes.2005.v24.243. DOI: https://doi.org/10.37370/raizes.2005.v24.243

PEREIRA, E. M. “A década da destruição” da Amazônia: José Lutzenberger e a contrarreforma agrária em Rondônia (anos 1980). História Unisinos, São Leopoldo, v. 21, n. 1, p. 26-37, jan./abr. 2007. DOI 10.4013/htu.2017.211.03. DOI: https://doi.org/10.4013/htu.2017.211.03

SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

SILVA, D. B.; HALISKI, A. M. Diálogo de saberes a partir da comunidade tradicional Caiçara do Guaraguaçú, Pontal do Paraná/PR. Mundi, Curitiba, v. 5, n. 1, jul. 2020. DOI: https://doi.org/10.21575/25254790rmmaa2020vol5n11245. DOI: https://doi.org/10.21575/25254790rmmaa2020vol5n11245

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 18. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2011.

VANESKI FILHO, E.; ISAGUIRRE-TORRES, K. R. Estado de injustiça e conflito socioambiental: o caso do acampamento José Lutzenberger. Raega, Curitiba, v. 46, n. 2, p. 88-100, maio 2019. DOI 10.5380/raega. DOI: https://doi.org/10.5380/raega.v46i2.58105

VERDEJO, M. E. Diagnóstico rural participativo: guia prático DRP. Brasília, DF: MDA; Secretaria de Agricultura Familiar, 2006. p. 6-7.