Assistentes sociais na gestão municipal da política de assistência social: novos e velhos desafios
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-4842.2025.v28.50072Palavras-chave:
Serviço Social, Gestão Democrática, Política de Assistência Social, Autonomia Profissional, Direitos SociaisResumo
O presente artigo tem como objetivo analisar a atuação de assistentes sociais que ocupam cargos de gestão na política municipal de assistência social no estado do Paraná, destacando este espaço como um campo estratégico de intervenção profissional. A pesquisa, de natureza qualitativa e fundamentada na perspectiva crítica marxista, baseou-se em entrevistas semiestruturadas com treze assistentes sociais que atuam como gestores(as) municipais no período de 2021-2024. Os resultados indicam que, apesar dos limites impostos pela lógica neoliberal e pelas práticas conservadoras historicamente presentes na política de assistência social, estes profissionais exercem uma relativa autonomia, possibilitando tensionar a ordem instituída e promover práticas comprometidas com a ampliação e universalização dos direitos sociais. Evidencia-se, portanto, que a gestão municipal, quando orientada pelo projeto ético-político do Serviço Social, pode contribuir significativamente para o fortalecimento de uma gestão democrática e emancipadora.
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