Ageísmo e desigualdades contra a pessoa idosa em contexto pandêmico:
reatualização das demandas por uma política nacional de cuidado
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-4842.2024v27n1p106Palavras-chave:
ageísmo, desigualdades sociais, política de cuidadoResumo
Este artigo objetivou problematizar as ideias universalizantes do ageísmo contra as pessoas idosas e apontar como este se entrelaça com demarcadores mais gerais de classe, gênero e raça/etnia ampliando as desigualdades sociais que se manifestaram de forma imediata no contexto pandêmico no Brasil, nos índices de adoecimentos e mortalidade entre as pessoas idosas, postas na agenda pública, as demandas de cuidados apresentadas neste cenário, e que demarca de forma imperativa para a necessidade de uma política nacional de cuidado. Trata-se de uma pesquisa teórica, do tipo bibliográfica e documental com metodologia qualitativa, a partir da perspectiva teórico-metodológica marxista, ou seja, do método histórico-dialético. Concluiu-se que os impactos ocasionados pela pandemia da covid-19, sobretudo para a população idosa, não se manifestam de maneira igual para todos e que para romper com as desigualdades, assimetrias, hierarquias e relações de poderes é necessário superar a sociedade marcada pela exploração, pois mudanças isoladas são parciais, ainda que necessárias e urgentes. A política social brasileira reproduz o familismo, as desigualdades sociais e opressões de classe, raça/etnia, gênero e geração ao superdimensionar e esperar que o cuidado seja prestado por um familiar, especialmente mulheres, sem remuneração, baseado no cuidado prestado a partir de visões idílicas.
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