Racismo: do passado ao presente é rubro o terror
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-4842.2023v26n1p285Palavras-chave:
Capitalismo Dependente, Estado brasileiro, Questão Social, Racismo, Rap.Resumo
Este estudo pretende demonstrar de que modo o contraste social tem relação com o racismo na questão social brasileira, tendo como característica a singularidade de um Estado dependente e do seu contexto histórico-social e cujo objetivo é analisar o exercício da opressão e exploração do povo “não branco” desde o período colonial até a república com transições de regimes feitas pela classe dominante. Mediante uma extensa busca teórica são encontrados evidencias que expressam os efeitos do preconceito racial na composição da sociedade brasileira. A fim de explicitar que o racismo é instrumento de dominação e submissão dos pretos, o Materialismo Histórico Dialético é usado para analisar a conjuntura da desigualdade social no Brasil, uma vez que os antigos senhores de escravos gradualmente se tornaram uma burguesia dependente na república. Dessa forma, para questionar a discriminação por raça, a questão social e a discrepância social, a música rap é utilizada como instrumento para evidenciar as contradições do capitalismo dependente, o descaso com a população preta, sendo expressão artística dos pretos periféricos e como ferramenta que possibilita a discussão da realidade objetiva.
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