O Movimento de Reconceituação do Serviço Social no Pará: entre conservadorismos e resistências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-4842.2021v24n2p393

Palavras-chave:

Serviço Social. Reconceituação. Teorias Sociais. Capitalismo Estado

Resumo

Este trabalho é um estudo sobre os fundamentos teórico-metodológicos do Serviço Social no período da Reconceituação no Pará. Objetivou-se analisar o processo de reconceituação no Pará a partir da visão de docentes que viveram esse momento. A coleta de dados ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica, documental e de entrevistas semiestruturadas com três docentes que vivenciaram esse processo. O estudo demonstrou que houve diferentes e antagônicas influências teóricas (positivista, fenomenológica e marxista) que interpretaram a profissão e sua legitimidade na sociedade burguesa, bem como influenciaram gerações de assistentes sociais formados na UFPA, alertando à comunidade cientifica desta área especializada que o estudo dos fundamentos do Serviço Social na cena contemporânea é condição sine qua non para (re) afirmar a direção social crítica e revolucionária desta profissão.

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Biografia do Autor

Francisco dos Santos Neto, Universidade Federal do Pará

Assistente Social da Secretaria de Administração Penitenciaria do Estado do Pará e Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Pará

Reinaldo Nobre Pontes, Universidade Federal do Pará

Doutor. Professor associado 1 da Faculdade de Serviço Social dos cursos de graduação em Serviço Social e Programa de Pós Gradução em Serviço Social - PPGSS

Cilene Sebastiana Braga, Universidade Federal do Pará

Professora Adjunta da Faculdade de Serviço Social dos cursos de graduação em Serviço Social e Programa de Pós Graduação em Serviço Social - PPGSS

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Publicado

26-08-2021

Como Citar

SANTOS NETO, F. dos; PONTES, R. N.; BRAGA, C. S. O Movimento de Reconceituação do Serviço Social no Pará: entre conservadorismos e resistências. Serviço Social em Revista, [S. l.], v. 24, n. 2, p. 393–413, 2021. DOI: 10.5433/1679-4842.2021v24n2p393. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/40610. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos