Institucionalidades do sistema de proteção social em linhas de frontera: experiência metodológica e resultados obtidos

Autores

  • Vera Maria Ribeiro Nogueira Universidade Católica de Pelotas
  • Helenara Silveira Fagundes Universidade Federal de Santa Catarina
  • Daniela Castamann Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) - Campus Apucarana- PR
  • Ineiva Terezinha Kreutz Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus de Toledo/PR

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-4842.2018v21n1p263

Palavras-chave:

Cidadania, MERCOSUL, Fronteiras, Proteção Social, Metodologia-avaliação.

Resumo

Este texto apresenta o processo metodológico e os principais resultados de uma avaliação realizada para o Instituto Social do MERCOSUL (ISM) sobre os sistemas de proteção social em seis pares de cidades-gêmeas situadas nas fronteiras dos países do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Com este intuito foram resgatadas informações sobre os dispositivos jurídicos e político-administrativos do MERCOSUL e Estados Parte, serviços, ações programáticas e demandas locais abrangendo os setores saúde, previdência social, educação e assistência social, cujos indicadores impactam negativamente as áreas de fronteiras internacionais do MERCOSUL. Em termos metodológicos utilizou-se a abordagem construída pela Comissão Econômica para América Latina e o Caribe para avaliar a institucionalidade das políticas sociais, a qual assinala quatro dimensões que concretiam o nível de cidadania em espaços regionais, nacionais e locais – a jurídico-normativa, organizacional, técnico-operativa e fiscal. Os resultados apontam em relação à dimensão jurídico-administrativa a lentidão na concretização das normativas e de acordos bilaterais entre os Estados Parte. Sobre a dimensão orgânico-ministerial destaca-se a forma distinta de organização pública nacional na proteção social nos países do bloco. Na dimensão substantiva as controvérsias em relação aos critérios de acesso de nacionais e não nacionais aos serviços no campo da saúde e proteção social foram frequentes, o que sinaliza para a divergência entre os gestores quanto ao grau de universalidade a ser obtido. Conclui-se que a abordagem metodológica utilizada favoreceu a construção do diagnóstico proposto favorecendo a elaboração de um plano de ação para superar os desafios identificados.

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Biografia do Autor

Vera Maria Ribeiro Nogueira, Universidade Católica de Pelotas

Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora adjunta do Programa de Pós-graduação em Política Social e Direitos Humanos da Universidade Católica de Pelotas

Helenara Silveira Fagundes, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Serviço Social pela Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Professora adjunto III da Universidade Federal de Santa Catarina do Departamento de Serviço Social

Daniela Castamann, Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) - Campus Apucarana- PR

Doutoranda, no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, da Universidade Federal de Santa Catarina. Docente no Curso de Serviço Social, da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) - Campus Apucarana- PR.

Ineiva Terezinha Kreutz, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus de Toledo/PR

Doutoranda da Universidade Federal de Santa Catariana (PPGSS/UFSC). Docente do Curso de Serviço Social da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus de Toledo/PR.

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Publicado

17-12-2018

Como Citar

NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro; SILVEIRA FAGUNDES, Helenara; CASTAMANN, Daniela; TEREZINHA KREUTZ, Ineiva. Institucionalidades do sistema de proteção social em linhas de frontera: experiência metodológica e resultados obtidos. Serviço Social em Revista, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 263–288, 2018. DOI: 10.5433/1679-4842.2018v21n1p263. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/34953. Acesso em: 27 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos