Sobre os inquéritos experimentais do Atlas Lingüístico do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2000v3n1p175Palabras clave:
Atlas Lingüístico do Brasil, Linguagem padrão, Linguagem regional e/ou rural.Resumen
As cartas dos atlas lingüísticos apresentam um instantâneo dialetal de determinada área explorada, podendo responder a indagação de como este ou aquele conceito se manifesta em determinado lugar e época. Além disso, confirma Silva Neto (1957: 37), a carta não oferece apenas um corte sincrônico, porém vários cortes sincrônicos, uma vez que a distribuição geográfica atual proporciona, em conseqüência, a reconstituição de áreas outrora vivas e hoje desaparecidas, submersas por outras camadas, creditadas quer a empréstimos, quer a novas criações. É o caso, por exemplo, da carta n° 46 do Atlas Lingüístico do Paraná (ALPR), cujo tema ‘bananas que nascem grudadas’ mostra, na linguagem rural, a coexistência de formas inovadoras da linguagem padrão, reforçadas pela instituição escolar, como gêmeas e duplas, ao lado de outras conservadoras, como filipe, incõe, inconha, resistentes na linguagem regional e/ou rural.
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