Linguagem Politicamente Correta: variantes linguísticas para pessoa com deficiência, negro e homossexual em uma comunidade de fala
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2021v24n3p43Palabras clave:
Pesquisa sociolinguística, Crença linguística, Linguagem politicamente correta.Resumen
A linguagem politicamente correta (LPC) propõe a substituição de formas consideradas pejorativas. Nesse sentido, as variantes linguísticas dessa modalidade de linguagem estão incorporadas na fala de pessoas comuns? Esta é a questão de pesquisa que norteia este trabalho. O objetivo deste estudo é verificar se as formas propostas pela LPC estão incorporadas em uma comunidade de fala em relação à pessoa com deficiência, ao negro e ao homossexual. Este trabalho fundamenta-se nos princípios teórico-metodológicos da pesquisa sociolinguística e dos estudos das crenças e das atitudes linguísticas, com pesquisa de campo. O corpus é formado por oito informantes, estratificados por: sexo, faixa etária e escolaridade. Para a pesquisa de campo, foi desenvolvido um questionário específico a partir de imagens dos três segmentos que compõem o estudo. A partir das imagens, foram catalogadas as variantes linguísticas apresentadas pelos informantes. Os três temas registraram 228 ocorrências com 26 variantes linguísticas. Entre os principais resultados estão: i) a crença influencia a atitude linguística do falante na escolha das suas variantes; ii) mesmo não dominando as variantes propostas pela LPC, os falantes evidenciam suas crenças com o uso da palavra; iii) as variantes da LPC estão incorporadas mais pelos informantes com nível superior.
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