Panamérica (1967) & as narrativas psicodélicas de José Agrippino de Paula
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2022v43n1p127Palabras clave:
Contracultura, Literatura brasileira contemporânea, José Agrippino de Paula, Ditadura militarResumen
O trabalho tem como objetivo abordar a obra Panamérica (1967), de José Agrippino de Paula e Silva, que em face das estéticas artísticas canônicas, representou uma ruptura, fundindo a realidade ao surpreendente na apresentação alegórica do Brasil e de seus sujeitos incautos, desde seus ditadores a sua esquerda heroica, que emergiu na década de 1960. Nessa perspectiva, entrecruza estética pop, literatura beat, contracultura, Surrealismo, psicodelismo entre outros horizontes descortinados no experimentalismo do Movimento Tropicalista, legando o autor a ser uma das principais referências contraculturais no Brasil. O artigo, de cunho qualitativo exploratório, se divide em dois momentos; inicialmente, apresentaremos o autor, numa perspectiva histórica, contextualizando suas principais obras na literatura, no teatro e no cinema e destacando sua importância no cenário cultural brasileiro que, no entanto, ganhou visibilidade limitada. Posteriormente, nos deteremos à análise ficcional da obra Panamérica, trazendo os mecanismos de produção de estranhamento e de metáfora social deles extraídos, expressos em suas narrativas literárias “delirantes” e antropofágicas.
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