Para assistir aos vilões Disney: abjeção e heteronormatividade em “A Pequena Sereia”

Autores

  • Caynnã de Camargo Santos Universidade de Coimbra
  • Luís Paulo de Carvalho Piassi Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.2016v37n2p163

Palavras-chave:

Cinema, Disney, Vilão, Heteronormatividade, Drag

Resumo

Compreendendo a cultura midiática como um dos principais espaços contemporâneos de (re)produção de sentidos acerca dos mais variados âmbitos da vida social, a partir dos quais são estruturados procedimentos de controle e exclusão de corpos, ideias e comportamentos, o presente trabalho objetiva desvelar e analisar criticamente a sutil estratégia discursiva empregada em filmes de animação dos Estúdios Disney, estratégia essa que cumpre em reiterar a “normalidade” das formas de identificação por gênero hegemônicas a partir da abjeção de identidades desviantes. Para tanto, empreendemos uma análise sociocultural da vilã Úrsula, de A Pequena Sereia (1989), valendo-nos de aspectos metodológicos próprios à semiótica e à Análise Crítica do Discurso. Mediante uma leitura informada pelos Estudos Culturais e pela Teoria Queer, observamos que o padrão de representação mobilizado na animação veicula uma implícita avaliação negativa das formas de ser e agir que frustram o binarismo heteronormativo, associando-as inequivocamente com crueldade e ganância.

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Biografia do Autor

Caynnã de Camargo Santos, Universidade de Coimbra

Doutorando em Sociologia pela Universidade de Coimbra (Portugal).

Luís Paulo de Carvalho Piassi, Universidade de São Paulo

Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da USP, Livre-Docente em Artes, Cultura e Lazer pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP . Orientador do programa de pós-graduação em Educação da Faculdade de Educação USP e do programa Estudos Culturais da EACH/USP.

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Publicado

08.06.2017

Como Citar

SANTOS, C. de C.; PIASSI, L. P. de C. Para assistir aos vilões Disney: abjeção e heteronormatividade em “A Pequena Sereia”. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 37, n. 2, p. 163–180, 2017. DOI: 10.5433/1679-0383.2016v37n2p163. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/27440. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê