As falhas ambientais e o processo de amadurecimento emocional: uma análise ilustrativa a partir de uma produção fílmica.
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2015v36n1p37Palavras-chave:
Tendência antissocial, Desenvolvimento emocional, Drogadição, Cinema, Psicanálise.Resumo
Este artigo toma como referência o conceito de tendência antissocial inserido na teoria do desenvolvimento emocional de Winnicott. Na base dessa tendência, manifestada em condutas antissociais, está um acontecimento que se caracteriza como uma falha ambiental, denominado de deprivação. Diferente da privação, caracterizada pela ausência de cuidados ambientais adequados desde o início do desenvolvimento, a deprivação ocorre em decorrência de uma situação de cuidado positivo e suficientemente bom, cuja continuidade sofreu interrupção além da capacidade do indivíduo em manter viva a experiência de um ambiente sustentador; muito mais do que carência, há um desapossamento após perda significativa daqueles que seriam responsáveis pelo cuidado ambiental. Empreendeu-se uma articulação de aspectos desse comportamento, ilustrados pela produção fílmica biográfica Gia: Fama e destruição, que retrata a personalidade de Gia Carangi, jovem que imprimiu sua singularidade ao mundo da moda nos anos oitenta, contaminando-se com o HIV, sendo a primeira mulher vítima da Aids. Considerado como um estudo de caso, o contexto metodológico de seleção, categorização e análise do filme seguiu o conceito de imagem do tempo proposto por Deleuze, sistematizado em três eixos temporais temáticos (tempos performático, da desesperança e testemunhal). A análise realizada ilustrou conceitos ligados à manifestação dos atos antissociais que permitem o entendimento de várias sintomatologias da clínica atual, valorizando o caráter lúdico da articulação entre cinema e psicanálise.Métricas
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