Genes da instabilidade de microssatélites no câncer colorretal:papel na inflamação e estresse oxidativo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2024v45n2p113

Palavras-chave:

Instabilidade de microssatélites, Câncer colorretal, Inflamação, Estresse oxidativo

Resumo

 A instabilidade de microssatélites é um fenômeno genético caracterizado pela alteração na repetição de sequências de nucleotídeos conhecidas como microssatélites. Esta instabilidade pode ocorrer devido a defeitos nos genes reparadores de DNA, como os genes MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2. A inflamação crônica tem sido associada ao desenvolvimento do câncer colorretal. Os genes da instabilidade de microssatélites estão envolvidos na regulação da resposta inflamatória, podendo influenciar a progressão tumoral. Estudos demonstraram que a presença de instabilidade de microssatélites em tumores colorretais está relacionada a uma maior infiltração de células imunes, como linfócitos T, macrófagos e neutrófilos, que podem modular a resposta inflamatória no microambiente tumoral. O estresse oxidativo é caracterizado pelo desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio e a capacidade antioxidante do organismo e desempenha um papel importante na carcinogênese. Os genes da instabilidade de microssatélites podem influenciar a resposta ao estresse oxidativo, afetando a capacidade das células tumorais de lidar com o dano oxidativo e promovendo a sobrevivência celular. O objetivo deste trabalho consiste na compreensão dos genes envolvidos na instabilidade de microssatélites no câncer colorretal e como eles contribuem para o desenvolvimento da doença, relacionando com processos inflamatórios e estresse oxidativo nas células tumorais. Justifica-se pela necessidade de compreensão das interconexões entre a instabilidade de microssatélites, inflamação e o estresse oxidativo em pacientes com câncer colorretal.

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Biografia do Autor

Edina Cassiane Padilha, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Francisco Beltrão, Paraná.

Carolina Panis, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste

Doutora em Patologia Experimental pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil. Professora Associada da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Francisco Beltrão, Paraná.

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Publicado

2024-09-04

Como Citar

1.
Padilha EC, Panis C. Genes da instabilidade de microssatélites no câncer colorretal:papel na inflamação e estresse oxidativo . Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 4º de setembro de 2024 [citado 21º de novembro de 2024];45(2):113-20. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/50653

Edição

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Artigos