Higiene Bucal: mudanças de conhecimentos e hábitos de uma geração para outra em uma população de baixa renda
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.1997v18n1p25Palavras-chave:
Higiene Bucal, Cárie Dentária/Prevenção & Controle, Escovação Dentária - Fatores socioeconômicos.Resumo
A cárie dentária vem sofrendo um nítido declínio na população Londrinense. Nos países desenvolvidos, o uso de dentifrícios fluoretados pode ser considerado como o único denominador comum àqueles que apresentaram declínio de prevalência de cárie. No Brasil, informações sobre o impacto que a fluoretação dos principais dentifrícios vendidos no mercado pode ter causado no perfil epidemiológico, bem como o alcance dessa medida em população de baixa renda, não estão disponíveis. No presente estudo, em uma população de baixa renda, na região sul do município de Londrina, foram entrevistadas 39 crianças e suas respectivas mães, com o objetivo de verificar o conhecimento desta população em relação à higiene bucal, bem como analisar a diferença de conhecimento entre as duas gerações (mães e filhos). As questões aplicadas através de questionário, na escola para os filhos e em visitas domiciliares para as mães, eram referentes a limpeza bucal, uso de escovas dentais, uso de dentifrícios, número de escavações diárias, tempo de higienização e orientações recebidas. Os resultados mostram uma diferença significativa de conhecimento e de comportamento entre as duas gerações, As crianças escovam por mais tempo, um maior número de vezes ao dia e têm mais acesso a informação, quer seja através do dentista, da escola, da televisão ou das próprias mães. As mães, ao contrário, escovam menos e por um menor período de tempo e parecem estar sendo negligenciadas neste sentido, pois 61.53% das mães entrevistadas afirmaram que jamais receberam qualquer tipo de informação sobre higiene bucal.
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