Análise da qualidade do mel de abelha comercializado com e sem inspeção na região de Brasília - DF, Brasil

Autores

  • Juliana Cosme Gomes Albuquerque Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Paulista (UNIP), Campus Brasília. https://orcid.org/0000-0002-5480-4034
  • Maria Elizangela Sobrinho Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Paulista (UNIP), Campus Brasília. https://orcid.org/0000-0002-3416-2476
  • Tulio Cesar de Lima Lins Universidade Paulista (UNIP), Campus Brasilia.Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (UNICEPLAC), Gama, DF. https://orcid.org/0000-0002-3887-2934

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2021v42n1p71

Palavras-chave:

Análise de alimentos, Qualidade dos alimentos, Segurança alimentar

Resumo

O mel de abelha é um produto de consumo relevante pela população devido aos seus fatores nutricionais e terapêuticos. A adulteração é um exemplo de como as características do mel podem ser afetadas, prejudicando os consumidores que desejam comprar produtos puros e de alta qualidade. Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade físico-química do mel de abelha comercializado em Brasília, DF. Foram obtidas 13 amostras de mel de abelhas: uma de um apicultor da região com certificação de produção (usada como controle negativo), seis de lojas de produtos naturais e hipermercados no centro de Brasília e seis de feira-livre e pequenos estabelecimentos de uma região administrativa do DF, das quais cinco não tinham o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) na embalagem. Também foi usada uma amostra comercial de xarope de glicose como controle positivo. Para verificar a adulteração, foram adotados os testes de Lund, Fiehe e Lugol, bem como as análises de pH, acidez titulável e umidade, para serem comparados com os parâmetros de qualidade do mel estabelecidos pela legislação vigente. As análises verificaram a qualidade dos méis comercializados com o selo SIF, com algumas ressalvas para a possível alteração de temperatura. Já as que não possuíam selo, apenas uma foi aprovada nos testes de qualidade, porém sua venda não é regularizada. A maioria das amostras analisadas apresentaram resultados consistentes com os padrões exigidos pela legislação vigente, com maiores irregularidades na comercialização de méis em feira-livre, mostrando a necessidade de maior controle de qualidade e inspeção de produtos não certificados.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Juliana Cosme Gomes Albuquerque, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Paulista (UNIP), Campus Brasília.

Acadêmica do curso de Biomedicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Paulista (UNIP), Campus Brasília.

Maria Elizangela Sobrinho, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Paulista (UNIP), Campus Brasília.

Acadêmica do curso de Biomedicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Paulista (UNIP), Campus Brasília.

Tulio Cesar de Lima Lins, Universidade Paulista (UNIP), Campus Brasilia.Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (UNICEPLAC), Gama, DF.

Doutorado em Patologia Molecular pela Universidade de Brasília (UnB), Brasília, Distrito Federal, Brasil. Professor na Universidade Paulista, Brasília, Distrito Federal, Brasil. Professor no Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (UNICEPLAC), Brasília, Distrito Federal, Brasil

Referências

Abadio Finco FD, Moura LL, Silva IG. Propriedades físicas e químicas do mel de Apis mellifera L. Ciênc. Tecnol. Aliment. 2010;30(3):706-12.

Barbosa AD, Pereira FD, Vieira JM Neto, Rego JD, Lopes MD, Camargo RC. Criação de abelhas (apicultura). Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; 2007.

Barth OM, Maiorino C, Benatti A, Bastos DH. Determinação de parâmetros físico-químicos e da origem botânica de méis indicados monoflorais do sudeste do Brasil. Ciênc. Tecnol. Aliment. 2005;25(2):229-33.

Bera A, Almeida-Muradian LB. Propriedades físico-químicas de amostras comerciais de mel com própolis do estado de São Paulo. Ciênc. Tecnol. Aliment. 2007 Jan;27(1):49-52.

Borges JG, Pinheiro JV, de Andrade RB, Telles CP. Qualidade de mel comercializado em feiras livres de Salvador e Petrolina. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais. 2017;19(3):231-40.

Braghini F, Chiapetti E, Júnior JF, Mileski JP, Oliveira DF, Morés S, et al. Qualidade dos méis de abelhas africanizadas (Apis mellifera) e jataí (Tetragonisca angustula) comercializado na microrregião de Francisco Beltrão: PR. Rev. Cienc. Agrar. 2017 mar;40(1):279-89.

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa no 11, de 20 de outubro de 2000. Regulamento técnico de identidade e qualidade do mel. [Internet]. 2000 [citado: 2019 mar. 27]. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao =visualizar&id=7797

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria no 6, de 25 de junho de 1985, Normas higiênicas-sanitárias e tecnológicas para mel, cera de abelha e derivados. [Internet]. 1985. [citado 2019 abr. 13]. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/servlet/ VisualizarAnexo?id=2042

Gois GC, Rodrigues AE, Lima CA, Silva LT. Composição do mel de Apis mellifera: requisitos de qualidade. Acta Vet. Brasilica. 2013 Aug;7(2):137-47.

Jesus AD, Junior OMC, Martinez BS, Silva AS, Oliveira AP. Determinação de parâmetros físico-químicos e da concentração de metais em méis de diferentes regiões brasileiras. RBTA. 2012;6(2):832-41.

Mendonça LS, Cordeiro CA, Rocha DRS, Santana RF, Soares CM, Cardoso JC, Lima AS. Avaliação da qualidade de méis produzidos no estado de Sergipe. Scientia Plena. 2013 Jan 15;8(12A).

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Serviço de Inspeção Federal (SIF). Homologação. [Internet]. Brasília: MAPA; 2018. [citado 2019 mar. 28]. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/inspecao/produtos-animal/sif/servico-de-inspecao-federal-sif-bkp

Périco E, Tiuman TS, Lawich MC, Kruger RL. Avaliação microbiológica e físico-química de méis comercializados no município de Toledo, PR. RECEN. 2011 nov;13(3):365-82.

Ribeiro R, Starikoff KR. Avaliação da qualidade físico-química e microbiológica de mel comercializado. Rev. Ciênc. Agrovet. 2019 feb;18(1):111-8.

Ribeiro RD, Silva C, Monteiro ML, Baptista RF, Guimarães CF, Mársico ET, et al. Avaliação comparativa da qualidade físico-química de méis inspecionados e clandestinos, comercializados no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rev. Bras. Ciênc. Vet. 2009;16(1).

Rossi NF, Martinelli LA, Lacerda TH, Camargo PD, Victoria RL. Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbono. Cienc. Tecnol. Aliment. 1999;19(2):199-204.

Santos AB, Moura CL, Camara LB. Determinação da autenticidade dos méis vendidos nas feiras livres e comércios populares. Braz. J. Food Technol. 2015 abr;2(3).

Seijas JLV. Apiterapia verdade incontestável. Rio de Janeiro: Ed. Lombada; 2010.

Zenebon O, Pascuet NS, Tiglea P, coordenadores. Métodos físico-químicos para análise de alimentos.4a ed. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz; 2008.

Downloads

Publicado

2021-02-02

Como Citar

1.
Albuquerque JCG, Sobrinho ME, Lins TC de L. Análise da qualidade do mel de abelha comercializado com e sem inspeção na região de Brasília - DF, Brasil. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 2º de fevereiro de 2021 [citado 27º de abril de 2024];42(1):71-80. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/38275

Edição

Seção

Artigos