Primeira descrição cariotípica para Lonchothrix emiliae (Rodentia, Echimyidae, Eumysopinae), com diagnóstico de sistema sexual cromossômico múltiplo

Autores

  • Leony Dias de Oliveira Universidade Federal do Pará
  • Willam Oliveira da Silva Universidade Federal do Pará
  • Marlyson Jeremias Rodrigues da Costa Universidade Federal do Pará
  • Júlio Cesar Pieczarka Universidade Federal do Pará
  • Cleusa Yoshiko Nagamachi Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp224

Palavras-chave:

Roedor, Citogenética, Echimyidae, Lonchothrix, Sistema sexual múltiplo

Resumo

A família Echimyidae é conhecida como o grupo mais diversos dos roedores Hystricognathi sul-americanos. Variam de pequeno a médio porte e possuem diversificados hábitos de vida. O gênero Lonchothrix é monotípico (L. emiliae) e possui distribuição do baixo rio Madeira ao baixo rio Xingu e apenas ao sul do rio Amazonas. A identificação taxonômica de L. emiliae é confusa, devido a similaridades morfológicas com seu gênero irmão, Mesomys. Neste sentido, o único cariótipo previamente descrito para L. emiliae foi posteriormente associado à Mesomys hispidus (2n=60/NF=116). A partir de quatro amostras (uma fêmea e três machos) provenientes dos municípios de Juruti-PA e Parintis-AM, foram realizados bandeamentos cromossômicos G, C e FISH com sondas de rDNA 45S e telomérica em L. emiliae. A análise citogenética em L. emiliae mostrou cariótipo com 2n=64?/65? e NF=124, apresentando sistema sexual do tipo múltiplo. Os bandeamentos G e C possibilitaram a identificação dos homólogos e a classificação morfológica dos cromossomos, sendo todos os autossomos meta/submetacêntricos. O sexual X é submetacêntrico médio e os Y1 e Y2 são acrocêntricos pequenos. A heterocromatina constitutiva está distribuída na região centromérica de todos os autossomos e nos sexuais X e Y2; o sexual Y1 apresentou-se praticamente todo heterocromático. A FISH com sonda de rDNA 45S apresentou marcação na região intersticial do sexual X, com dois sinais na fêmea e um no macho. FISH com sonda telomérica apresentou marcação na região distal de todos os cromossomos; o par 4, adicionalmente, apresentou marcação na região pericentromérica. A ITS encontrada no par 4 pode ser um resquício de um rearranjo cromossômico do tipo fusão (comuns entre os Echimyidae), ou amplificação de sequências similares às teloméricas presentes na heterocromatina constitutiva, como sugerido para o gênero Proechimys (Echimyidae). O sistema sexual do tipo múltiplo (XX/XY1Y2) é devido a uma translocação autossomo/sexual. Assim, o presente trabalho apresenta os primeiros dados cariotípicos para L. emiliae, bem como descreve o sistema sexual do tipo múltiplo para esta espécie.

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Biografia do Autor

Leony Dias de Oliveira, Universidade Federal do Pará

Graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas e Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade, Laboratório de Citogenética, ICB, Universidade Federal do Pará, Brasil

Willam Oliveira da Silva, Universidade Federal do Pará

Doutorando em Genética e Biologia Molecular e Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade, Laboratório de Citogenética, ICB, Universidade Federal do Pará, Brasil

Marlyson Jeremias Rodrigues da Costa, Universidade Federal do Pará

Doutorando em Biotecnologia e Biodiversidade (Bionorte) e Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade, Laboratório de Citogenética, ICB, Universidade Federal do Pará, Brasil

Júlio Cesar Pieczarka, Universidade Federal do Pará

Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade, Laboratório de Citogenética, ICB, Universidade Federal do Pará, Brasil / Pesquisador do CNPq

Cleusa Yoshiko Nagamachi, Universidade Federal do Pará

Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade, Laboratório de Citogenética, ICB, Universidade Federal do Pará, Brasil / Pesquisador do CNPq

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Oliveira LD de, Silva WO da, Costa MJR da, Pieczarka JC, Nagamachi CY. Primeira descrição cariotípica para Lonchothrix emiliae (Rodentia, Echimyidae, Eumysopinae), com diagnóstico de sistema sexual cromossômico múltiplo. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 27º de abril de 2024];38(1supl):224. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/30149