Evidencias de fusões cromossômicas e translocações não recíprocas em Anadoras (Doradidae-Siluriformes): implicações na evolução cariotípica e citotaxonomia

Autores

  • Fábio Hiroshi Takagui Universidade Estadual de Londrina
  • Lucas Baumgartner Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Roberto Laridondo Lui Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Vladimir Pavan Margarido Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Patrik Viana Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
  • Eliana Feldberg Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
  • Lúcia Giuliano Caetano

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp167

Palavras-chave:

Citogenética, Especiação, DNAr 18S, DNAr 5S

Resumo

Anadoras é um pequeno gênero dentre os sete alocados na subfamília Astrodoradinae, o segundo maior grupo de Doradidae. Apenas duas espécies são formalmente reconhecidas: Anadoras grypus e Anadoras weddelli, sendo que uma espécie ainda não descrita ocorre no Alto Araguaia denominada Anadoras sp. “araguaia”. No presente estudo essas três espécies foram analisadas citogenéticamente, visando compreender a diversificação cariotípica e fornecer marcadores citotaxonômicos. Foram analisados 5 exemplares de A. grypus coletados no Lago Catalão (Rio Amazonas), 7 exemplares de A. weddelli provenientes do rio Miranda (Rio Paraguai) e 5 exemplares de Anadoras sp. “araguaia” coletados em Barra do Garça (Rio Araguaia). A. grypus apresentou 2n=56 (16m+16sm+12st+12a), e dois padrões de rDNA: quatro exemplares exibiram sítios de rDNA 18S e 5S sintênicos no par 11 e um sítio de rDNA 18S em apenas um dos cromossomos 28, e um indivíduo exibiu somente o par 11 portando os sítios de rDNA sintênicos. Esse polimorfismo intrapopulacional provavelmente surgiu por translocações não recíprocas favorecidas pelo modelo de Rabl. Anadoras sp. “araguaia” e A. weddelli apresentaram 2n=56 (22m+12sm+8st+14a), rDNA 18S simples no par 28 e rDNA5S no braço curto do par 15, sendo que o bandamento C é o único marcador que diferencia as duas espécies. A análise do dendograma de similaridade construído a partir de 32 caracteres cromossômicos evidencia um agrupamento similar à filogenia morfológica, onde A. grypus é a espécie mais diversificada e grupo-irmão do clado formado por A. weddelli e Anadoras sp. “araguaia”. O presente estudo forneceu informações citogenéticas de grande valor citotaxonômico e ainda revelou que em Anadoras, a variabilidade cariotípica ocorreu fundamentalmente devido à fusões cromossômicas, inversões pericêntricas e pelo acúmulo diferencial de DNAs repetitivos, merecendo destaque os rDNA 18S e 5S.

Apoio Financeiro: CAPES/Fundação Araucária

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Biografia do Autor

Fábio Hiroshi Takagui, Universidade Estadual de Londrina

Universidade Estadual de Londrina, Londrina-Paraná

Lucas Baumgartner, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel-Paraná

Roberto Laridondo Lui, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel-Paraná

Vladimir Pavan Margarido, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel-Paraná

Patrik Viana, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus-Amazonas

Eliana Feldberg, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus-Amazonas

Lúcia Giuliano Caetano

Universidade Estadual de Londrina, Londrina-Paraná

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Takagui FH, Baumgartner L, Lui RL, Margarido VP, Viana P, Feldberg E, et al. Evidencias de fusões cromossômicas e translocações não recíprocas em Anadoras (Doradidae-Siluriformes): implicações na evolução cariotípica e citotaxonomia. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 21º de novembro de 2024];38(1supl):167. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29990