Autofagia celular em processos patológicos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2014v35n1p125Palavras-chave:
Autofagia, Doenças Infecciosas, Doenças Neurodegenerativas, Câncer.Resumo
As pesquisas atuais sobre autofagia, um processo catabólico complexo, indicam que é um fenômeno vital para todos os organismos. Sabe-se que a célula se “auto-canabaliza”, englobando porções de seu citoplasma ou até de organelas inteiras, em estruturas denominadas autofagolisossomos, e as macromoléculas, resultantes da degradação por hidrolases lisossomais, são fonte de energia celular em distintas situações. A autofagia é responsável também pela auto-limpeza celular, removendo agregados macromoleculares mal formados. Estudos recentes demonstraram que em situações de estresse como a desnutrição ou a falta de oxigênio, nas doenças neurodegenerativas e no câncer, a autofagia desempenha papel importante. Nesta revisão são abordados aspectos estruturais e moleculares da autofagia, as técnicas atuais de detecção e o envolvimento em processos patológicos, principalmente infecciosos. Bactérias tais como Streptococcus pyogenes, Salmonella entérica, Listeria monocytogenes e os vírus da hepatite C e herpes simplex induzem autofagia nas células infectadas. O parasita Leishmania amazonensis que infecta macrófagos e causa a leishmaniose cutânea em humanos, também induz autofagia nas células infectadas e em tecido cutâneo de modelo experimental, sendo que o tratamento das células com inibidor da autofagia diminui a carga parasitária. Conclui-se, a partir dos resultados aqui revisados e discutidos, que a modulação da autofagia é importante na evolução de várias doenças infecciosas. O caminho está aberto para o desenvolvimento de compostos que modulem o processo autofágico em humanos, e que possam intervir no desenvolvimento de varias doenças.Downloads
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