Dispersão por aves de Psidium guajava L. (Myrtaceae) em ambiente ripário na bacia do rio Paraná, Brasil

Autores

  • João Carlos Barbosa da Silva Universidade Estadual de Maringá
  • José Flávio Cândido Junior Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
  • Huilquer Francisco Vogel Universidade Estadual de Maringá, Avenida Colombo, 5790, Zona 7, 97.020/900 Maringá- PR
  • João Batista Campos Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2013v34n2p195

Palavras-chave:

Ecologia alimentar, Frugivoria, Goiabeira, Invasão biológica.

Resumo

A dispersão da goiabeira (Psidium guajava L.) em ecossistemas naturais brasileiros é um processo crescente e requer estudos sobre a dinâmica desta espécie. Deste modo, os objetivos foram: a) identificar quais espécies de aves se alimentam dos frutos de Psidium guajava; b) descrever as principais táticas de forrageamento das aves, que podem maximizar ou reduzir o sucesso de dispersão da goiabeira. Foram realizadas 47 horas de observação focal de aves consumindo frutos de P. guajava, onde foram registradas 11 espécies de aves (Aratinga leucophthalma, A. aurea, Amazona aestiva, Melanerpes flavifrons, Pitangus sulphuratus, Cyclarhis gujanensis, Turdus leucomelas, Mimus saturninus, Tangara palmarum, T. sayaca e Euphonia chlorotica). As guildas de aves mais representativas foram os onívoros (54,5%), seguida dos frugívoros (27,3%) e das espécies consideradas insetívoras (18,2%). Com exceção dos psitacídeos, que apresentam comportamentos alimentares que normalmente promovem danos à semente, as outras espécies apresentaram comportamentos que as indicam como potenciais dispersores da goiabeira. As aves observadas frequentam ambiente florestal e também áreas abertas, o que potencializa a dispersão da espécie pela maioria dos ambientes, podendo alterar a estrutura e composição específica da vegetação da região. Com aves atuando como dispersores de suas sementes, a colonização de novas áreas pela P. guajava é eminente, podendo assim dominar áreas de regeneração ambiental, tornando-se uma espécie danosa a processos ecossistêmicos.

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Biografia do Autor

João Carlos Barbosa da Silva, Universidade Estadual de Maringá

Mestre em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Doutorado em andamento em Ecologia de Ambientes Aquáticos ContinentaisUnivers pela idade Estadual de Maringá, UEM

José Flávio Cândido Junior, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Viçosa. Mestre em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filh. Doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Huilquer Francisco Vogel, Universidade Estadual de Maringá, Avenida Colombo, 5790, Zona 7, 97.020/900 Maringá- PR

Licenciado em Geografia e Ciências Biológicas; Doutorando em Ciências Ambientais no Programade Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá, UEM;

João Batista Campos, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA

Secretário executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA.

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Publicado

2013-12-19

Como Citar

1.
Barbosa da Silva JC, Cândido Junior JF, Vogel HF, Campos JB. Dispersão por aves de Psidium guajava L. (Myrtaceae) em ambiente ripário na bacia do rio Paraná, Brasil. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 19º de dezembro de 2013 [citado 21º de novembro de 2024];34(2):195-204. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/14063

Edição

Seção

Artigos