Fenologia e frutificação efetiva de pessegueiros cultivados em Dois Vizinhos, Paraná

Resumo

Compreender as fases e a dinâmica da dormência de cultivares comerciais na região em que essa está inserida possibilita a execução de diferentes práticas culturais e auxilia na compreensão dos requisitos de frio e calor exigidos pela mesma, colaborando principalmente com os programas de melhoramento genético. O objetivo deste trabalho foi determinar as taxas de brotação, floração e frutificação efetiva de pessegueiros sob as condições ambientais de cultivo no município de Dois Vizinhos, região Sudoeste do Paraná. O presente trabalho foi desenvolvido na coleção de pessegueiros do setor de Fruticultura da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Foram avaliadas 16 cultivares de pessegueiros, sendo ‘Rubimel’, ‘Leonense’, ‘Coral, ‘Marli’, ‘Charme’, ‘Riograndense’, ‘Douradão’, ‘Chimarrita’, ‘Granada’, ‘BR-1’, ‘Bonão’ e ‘Eldorado’ implantadas em 2009 e ‘Regalo’, ‘Kampai’, ‘Fascínio’ e ‘Zilli’, implantadas em 2014. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições de uma planta cada, no arranjo bifatorial 16 x 2 (cultivares x anos/safra). As avaliações de fenologia foram realizadas semanalmente através da contagem de gemas florais abertas (antese) e brotadas, e a taxa de frutificação efetiva foi realizada imediatamente antes do raleio de frutos. Foram calculadas as taxas de floração (%), de brotação (%) e de frutificação efetiva (%). Nas condições climáticas do município de Dois Vizinhos, no Estado do Paraná, verificou-se que o ano/safra 2016 promoveu as maiores taxas de brotação e frutificação efetiva. A cultivar ‘Bonão’ apresentou maior intensidade e regularidade de floração nos anos safra avaliados (2016 e 2017). As cultivares ‘Coral’ e ‘Kampai’ apresentam frutificação efetiva com maior intensidades e regularidade em relação aos demais cultivares avaliados para a condição de clima do local avaliado. A cultivar ‘Riograndense’ apresentou maior irregularidade na floração e na produção de frutos.